Em um movimento de recomeço que une qualidade de vida e gestão profissional, a família Pereira trocou a agitação de São Paulo pela tranquilidade de Bofete, no interior paulista, e transformou um sítio em um modelo de eficiência avícola. Edvaldo e Simone Pereira, que deixaram a capital há cinco anos, hoje comandam uma operação robusta com três aviários climatizados e capacidade para alojar 130 mil aves por lote, provando que a migração para o campo pode ser sinônimo de segurança financeira e sucesso empresarial quando aliada à técnica.
A transição foi planejada com o rigor de quem empreende. Edvaldo, com experiência em projetos de máquinas e metalurgia, aplicou sua visão de gestor industrial na propriedade rural. Iniciando com um galpão em 2021, a família expandiu rapidamente, adicionando novas estruturas em 2023 e 2024.
A tecnologia de ponta (sistemas de pressão negativa e climatização automatizada) e a parceria estreita com a agroindústria integradora foram fundamentais para diluir custos fixos e maximizar a escala. “O frango exige disciplina. O desempenho final é construído nos primeiros cuidados, especialmente no conforto térmico e na nutrição”, explica o produtor.
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A estabilidade financeira proporcionada pelo modelo de integração é apontada pela família como um diferencial decisivo para a sustentabilidade do negócio. Ao contrário de outras atividades agropecuárias sujeitas a oscilações bruscas de mercado, a previsibilidade de receita da avicultura permite planejar reinvestimentos constantes na propriedade e melhorias na infraestrutura.
Essa segurança econômica foi o alicerce que permitiu aos Pereira não apenas sobreviver no campo, mas prosperar, garantindo um fluxo de caixa que sustenta tanto a operação quanto o padrão de vida da família.
O resultado dessa dedicação apareceu rápido: a granja já coleciona prêmios de desempenho em “frango pesado” e melhores índices de conversão alimentar da região. Mas o ganho vai além do financeiro. Simone destaca a qualidade de vida imaterial, o silêncio, o contato com a natureza e a calma do interior, que hoje contrastam com o estresse urbano que deixaram para trás.
Com o filho mais novo já envolvido na rotina operacional e absorvendo o conhecimento técnico, o projeto familiar olha para o futuro focando na sucessão, consolidando a avicultura não apenas como fonte de renda, mas como um legado de vida duradouro.
Referência: Canal Rural
