
A avicultura do Rio Grande do Sul encerra o ano de 2025 com uma demonstração de solidez e capacidade de adaptação. Mesmo enfrentando barreiras sanitárias e embargos temporários que pressionaram o comércio exterior, o setor confirmou sua posição estratégica como o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil. Dados compilados pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do RS (Sipargs) revelam que a atividade manteve a estabilidade produtiva e garantiu uma receita cambial robusta, fundamental para a economia regional.
No segmento de corte, o estado deve fechar o ano com o abate de 802,2 milhões de aves, uma alta de 0,7% em relação ao ciclo anterior. O desempenho nas exportações superou as expectativas iniciais, que previam quedas drásticas após o registro de Influenza Aviária. O volume embarcado deve somar 679,9 mil toneladas, um recuo moderado de 1,7%, gerando um faturamento de US$ 1,2 bilhão (-1,4%). Para José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav, os números refletem a competência técnica da cadeia: “Conseguimos preservar a produção, manter empregos e proteger mercados estratégicos. A atuação conjunta com a ABPA e o governo foi fundamental para assegurar estabilidade”.
A postura comercial também apresentou resultados mistos, mas financeiramente positivos. A produção de ovos no estado deve atingir 3,4 bilhões de unidades (+2,4%). Embora o volume exportado tenha recuado 6,1% devido a restrições em mercados como o Chile, a valorização do produto no cenário global impulsionou a receita em 31,9%, totalizando US$ 22,5 milhões. Com a casa em ordem, o setor projeta um 2026 de expansão agressiva: a expectativa é crescer entre 3% e 4% nas exportações de frango e alcançar um salto de 20% a 30% nos embarques de ovos, apoiado em investimentos em biosseguridade e modernização industrial.
Referência: Asgav












