
Tonalidade está ligada à alimentação da galinha e pode indicar presença de antioxidantes, mas não altera calorias nem proteínas
A coloração da gema do ovo, que varia do amarelo claro ao laranja intenso, é frequentemente interpretada como sinal de maior ou menor valor nutricional. Mas será que essa percepção é correta? De acordo com especialistas da Agroceres Multimix, a resposta é não. A cor da gema está relacionada à alimentação da galinha, mas não interfere na quantidade de proteínas, gorduras ou calorias do ovo.
O diferencial está na presença de carotenoides — pigmentos naturais encontrados em ingredientes como milho, folhas verdes e flores secas — que são absorvidos pela ave e transferidos para a gema. Galinhas criadas em sistemas com acesso a uma dieta mais variada, como as de criação caipira, tendem a produzir ovos com gemas mais escuras. Já aves alimentadas com ração padrão, à base de milho e soja, costumam gerar gemas mais claras.
Esses pigmentos, apesar de não alterarem os macronutrientes, oferecem benefícios funcionais: atuam como antioxidantes, contribuem para a saúde dos olhos (graças à luteína e à zeaxantina) e ajudam no fortalecimento do sistema imunológico. A cor da gema não deve ser usada como único critério para avaliar a qualidade nutricional do ovo. O mais importante é garantir boas práticas de manejo e nutrição das aves. Assim, o ovo mantém seu alto valor alimentar, independentemente do tom da gema.











