A Smithfield Foods, maior processadora de carne suína dos Estados Unidos, divulgou seus primeiros resultados trimestrais desde que se tornou uma empresa de capital aberto em janeiro. A empresa relatou que os gastos cautelosos do consumidor e os custos mais elevados das matérias-primas estão limitando o lucro em seu negócio de carnes embaladas.
A empresa, sediada na Virgínia, tem se concentrado na venda de carne de porco, presunto e salsichas sob marcas como Smithfield, Eckrich e Nathan’s Famous, pois seu negócio de carnes embaladas pode gerar margens maiores do que a produção de suínos.
No entanto, o aumento dos custos de materiais e o feriado da Páscoa, que impulsiona o consumo de presunto, ocorreram em uma data posterior este ano, impactando a lucratividade no primeiro trimestre de 2025, conforme informou o diretor financeiro Mark Hall a analistas.
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A Smithfield projetou um lucro operacional ajustado para carnes embaladas entre US$ 1,05 bilhão e US$ 1,15 bilhão neste ano fiscal, em comparação com cerca de US$ 1,1 bilhão em 2024.
“Estamos fornecendo uma série de estimativas que realmente levam em conta os preços mais altos dos insumos e um ambiente cauteloso de gastos do consumidor”, disse Steve France, presidente da unidade.
As vendas totais da Smithfield caíram 1,2%, para US$ 3,95 bilhões no trimestre encerrado em 29 de dezembro, e o lucro por ação foi de 54 centavos, em comparação com um prejuízo de 25 centavos no ano anterior. As ações da empresa caíram 0,9%, para US$ 19,43 ao meio-dia.
As vendas de carne embalada aumentaram 2,2% no trimestre, em comparação com o ano anterior, e representaram 59% das vendas totais no ano passado. Os preços médios das carnes embaladas da Smithfield subiram 3,1%, compensando um declínio de 2,5% nos volumes de vendas, informou Hall. As vendas de bacon foram impactadas pelas leis na Califórnia e em Massachusetts que proíbem a venda de carne suína de porcos mantidos em espaços confinados.
O negócio de produção de suínos da Smithfield está se beneficiando dos preços mais altos dos suínos e dos menores custos com ração, disse o CEO Shane Smith. A empresa mudou para comprar mais suínos que processa, em vez de possuí-los enquanto estão sendo criados, para diminuir sua exposição a mercados voláteis de commodities. A empresa espera produzir 11,5 milhões de suínos em 2025, queda de 35% em relação a 2019, e está mirando uma queda para 10 milhões de suínos no médio prazo, disseram executivos.
Em relação às disputas tarifárias sob o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, a empresa disse que seu negócio de carne suína fresca está sofrendo interrupções “relativamente mínimas”.
Referência: BBC/Reuters
