A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF) enviou ofício ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, solicitando que não seja sancionado o projeto de lei 1.133/2007, aprovado pela Assembléia Legislativa no último dia 10. A medida que determina, entre outras ações, a adoção da criogenização (processo de congelamento rápido) para as aves comercializadas nos supermercados e demais estabelecimentos no estado.
O processo que os frigoríficos brasileiros adotam hoje, por etapas, já é plenamente aceito pelos 153 mercados para onde o país exporta carne de frango. O que inclui, por exemplo, países-membros da União Européia e o Japão.
O principal argumento do autor do projeto, deputado Jorge Babu (sem partido), é que a criogenização impediria excesso de água no frango. Hoje é aceitável um percentual de apenas 6% de água no frango congelado. A ABEF, no entanto, alertou, no ofício ao governador Sérgio Cabral Filho, que a criogenização não impediria eventuais fraudes, “uma vez que não é no processo de congelamento e sim nas etapas que o antecedem que tal poderia ocorrer”.
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“O excesso de água no frango é uma prática reprimida pela fiscalização do Ministério da Agricultura, e amplamente condenada pela ABEF. O projeto, além de não auxiliar no combate a esta prática, onera enormemente produtores e frigoríficos, exigindo grandes investimentos em equipamentos e adequação de propriedades. O resultado vai penalizar o consumidor, tanto em relação a aumentos de preços do frango quanto em limitação da oferta do produto no mercado”, alerta o Presidente Executivo da entidade, Francisco Turra.
* Com informações da Assessoria de Imprensa da Abef
