Redação (17/04/2008)- O grupo Marfrig pretende ampliar a sua área de food service em 2008. A previsão da indústria é que o segmento alcance um faturamento de R$ 500 milhões no ano – para uma receita total do grupo entre R$ 6 bilhões e R$ 6,5 bilhões -, aumento de 50% em relação ao ano passado. Em 2007, o incremento havia sido pouco acima de 20% e tinha representado quase 10% da receita líquida do grupo. Para conseguir a meta esperada, a estratégia da empresa é expandir a área de atuação – começando pelo Nordeste – e também a quantidade de produtos. O grupo é líder no segmento, que hoje movimenta anualmente entre R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões no País.
Ontem, a empresa anunciou a formação de duas parcerias no Nordeste: com o grupo Santista (Food Business), para atuação em Pernambuco, na Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará; e com o Canaã Comércio de Alimentos Ltda., para distribuição na Bahia e em Sergipe. De acordo com Stierli, a meta da empresa, em três a cinco anos, é ter vendas distribuídas proporcionalmente ao Produto Interno Brasileiro (PIB). Ou seja, hoje, por exemplo, o Nordeste responde por 17% das riquezas geradas, enquanto São Paulo por 35%. Depois da expansão no Nordeste, o grupo irá avaliar outras regiões onde deverá começar seus investimentos para atingir essa abrangência nacional.
O Grupo Santista – Food Business comercializa carnes bovinas nacionais e importadas, assim como aves, suínos, cortes de ovinos nacionais e importados, embutidos, uma ampla gama de pescados nacionais e importados, vegetais congelados, batata pré-frita congelada importada. Já o Canaã Comércio de Alimentos Ltda atua na área de bovinos e seus derivados, aves e seus derivados, legumes supergelados, suínos e seus derivados, ovinos e seus derivados e embutidos. Stierli diz que a parceria com os dois grupos permite ampliar as vendas dos três. "Se hoje vendemos dois e eles também, a meta é chegar a três", exemplifica. Segundo ele, a expansão geográfica permite uma melhor distribuição dos produtos, integrando as unidades de produção situadas no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
Florence diz que, sem considerar a área de frangos – que ainda depende de auditorias para a conclusão da compra -, o negócio do Marfrig hoje está concentrado na carne bovina (92%), seguida pela suína (entre 7 a 8%). Mas, segundo ele, cada vez mais o grupo tende a ser uma empresa de alimentação. "Baseada em proteínas animais que tem até agora", acrescenta, negando a entrada em outros segmentos, como por exemplo os lácteos, como fizeram empresas como a Perdigão e o Bertin, recentemente.
Marfrig quer crescer 50% em food service
A previsão da indústria é que o segmento alcance um faturamento de R$ 500 milhões no ano.
O novo diretor da área – criada recentemente -, Bruno Stierli, disse que o segmento tem grande relevância não só pelo potencial de crescimento, mas também pela história de atuação do Marfrig. Segundo ele, a empresa quer expandir os produtos da linha usando os industrializados da Mabella, indústria adquirida em dezembro passado que atua em aves e suínos. Stierli disse ainda que faz parte do plano estratégico da empresa a expansão geográfica – hoje mais de 70% das vendas ocorrem em São Paulo. Para isso, segundo o diretor de Relações com Investidores, Ricardo Florence, além do crescimento com os clientes atuais, que atuando nacionalmente, haverá a busca de novos clientes, inclusive com a formação de parcerias. Ele lembra que parte da expansão do segmento, neste ano, se deve, também, à compra da Mabella. Stierli lembra que, ao adquirir a indústria, a empresa previu o aumento da produção. Acrescenta ainda que hoje, o Marfrig atua no segmento de food services com a distribuição de alimentos de carne bovina, suína e de cordeiro, além de batata pré-frita e vegetais. "O próximo passo é agregar aves, no transcorrer deste ano. Entramos em mais itens de um cardápio de restaurantes", afirma.











