Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,19 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,88 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,82 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,26 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,18 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 132,25 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.181,88 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.034,15 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 134,69 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 125,57 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Frigoríficos perderam R$ 223 milhões com embargo da Rússia e da UE

Levantamento feito pelo Sindifrigo aponta que com o embargo Mato Grosso deixou de exportar 50,6 mil toneladas.

Redação (05/06/2008)- As perdas dos frigoríficos nos quatro meses de embargo imposto pela Rússia e União Européia à compra da carne in natura mato-grossense já alcançam a cifra de US$ 223 milhões desde o dia 1 de fevereiro, segundo levantamento divulgado ontem pelo Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo). O embargo russo durou quatro meses – de 1º de fevereiro a 30 de maio –, enquanto a União Européia ainda mantêm restrições ao mercado, com uma lista reduzida de propriedades autorizadas a exportar para aquele bloco.

Só para o mercado russo – o grande parceiro comercial de Mato Grosso nesta área – Mato Grosso teria deixado de faturar o equivalente a US$ 149 milhões neste período. Levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio aponta que no mês de janeiro deste ano Mato Grosso exportou para a Rússia o montante de US$ 37,24 milhões, totalizando 12,65 mil toneladas. Somados, os estoques que seriam exportados no período de fevereiro a maio chegariam a 50,6 mil toneladas.

Para a União Européia, as perdas até o dia 31 de maio somam US$ 74 milhões, considerando a média mensal de US$ 18,5 milhões.

A Rússia é atualmente o maior mercado consumidor da carne mato-grossense, tanto para a bovina quanto suína.

As vendas aos russos estavam suspensas desde fevereiro deste ano, após o surgimento de casos da doença estomatite vesicular em animais no município de Cocalinho (923 quilômetros a Leste de Cuiabá). Por conta da ocorrência, Mato Grosso ficou durante quatro meses impedido de produzir e certificar carne bovina in natura à Rússia.

De acordo com o assessor econômico da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo Ribeiro, os russos são os parceiros mais importantes que o Estado tem. Para mostrar o peso russo sobre o complexo carnes, o economista lembra que em 2007 a Rússia foi responsável pela compra de 36% dos volumes físicos de carne bovina exportados pelo Estado, (US$ 186 milhões), consumiu 78% da carne suína (US$ 43 milhões) e 14% das aves (US$ 15 milhões).

Diante desses números é possível avaliar o impacto que o embargo exerceu sobre a pauta. Comparando o realizado entre o primeiro quadrimestre de 2007 (sem embargo) com o mesmo período de 2008 (com embargo), houve queda de 40% nas exportações de carne bovina para aquele mercado, redução de 63% nas vendas de carnes suínas e recuo de 22% no consumo de aves.

Para o consultor em pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Luiz Carlos Meister, a reabertura deste importante mercado consumidor fará com que haja recuperação nos volumes exportados à Rússia e trará ainda impacto positivo na valorização da arroba, “assegurando a tendência de alta, pois as variações positivas estão sendo registradas semanalmente”.

“A indústria frigorífica de Mato Grosso avalia como muito importante os mercados russo e europeu, por isso todos procuraram se adequar às novas exigências daqueles blocos. Estamos confiantes de que a retomada plena das exportações para aqueles mercados é só uma questão de tempo mesmo”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins.

O presidente da Associação dos Produtores Rurais (APR), Ricardo Borges Castro Cunha, também diz estar “otimista e confiante” com a liberação do mercado russo para a compra da carne mato-grossense. “A abertura deste mercado é muito importante para nós e é um estímulo à cadeia pecuária do Estado”, disse ele.