Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,50 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,20 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,82 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 126,60 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 121,50 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 120,44 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 138,62 / cx

Biodigestor

Adubo suinícola

Uso de biodigestor melhora qualidade das pastagens em Mato Grosso do Sul e aumenta lucratividade de suinocultores.

Adubo suinícola

A caminho do nosso destino, pela estrada já foi possível ver o carretel que esguichava o fertilizante produzido a base de dejetos suínos. Produtores rurais encontraram na integração de culturas o caminho para aumentar a rentabilidade.

Perto dali, na fazenda Água Clara, o produtor Carlos Alberto Shimata, há pouco mais de um ano, conseguiu aumentar os lucros se dedicando a suinocultura e na criação de boi à pasto. Ele já entregou cerca de oito caminhões de animais só esse ano aos frigoríficos.

“Eu não consigo enxergar a suinocultura separada da suinocultura. Até porque nós adquirimos essa propriedade em função da possibilidade de integrar tanto o suíno quanto o bovino”, diz Carlos.

Nem é preciso ir tão longe para saber como ele vem trabalhando essas duas criações de maneira integrada. Ao lado dos galpões de suínos, o biodigestor capta os dejetos da granja e transforma tudo em biofertilizante para pastagem. O processo de produção é ecologicamente correto porque queima o gás metano dos dejetos, que é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico.

A lagoa de matéria orgânica fica completamente cheia. Antes que ela transborde, o produto é transferido para outra lagoa, que através de mangueiras leva o produto já filtrado até alguns hidrantes espalhados no pasto.

O carrinho de irrigação joga apenas o líquido tratado, que contém elementos essenciais para a planta. Entre eles, o nitrogênio, potássio e fósforo.

A espécie de capim-mombaça surpreendeu em produtividade e hoje a locação do gado nos piquetes é bem melhor aproveitada: 10 cabeças por hectare.

O engenheiro agrônomo da fazenda Thiago José Goulart de Melo explica que o produto final do biodigestor, borrifado no pasto, tem vantagens que só a adubação química não traria para a gramínea.

“A grande vantagem do biofertilizante é que ele tem as três propriedades, a física, química e biológica, diretamente interagindo com o ambiente”, diz o engenheiro agrônomo.

As vantagens da substituição dos adubos químicos pela fertirrigação renderam uma economia de cerca de R$ 1,1 mil por hectare de pastagem ao ano. Nos oito piquetes, de cinco hectares cada, a redução de custo chega a mais de R$ 40 mil. O reaproveitamento dos dejetos não traz custo ao produtor, a não ser o investimento inicial, que em pouco tempo é amortizado.

“Além das granjas, que é um investimento que se paga, foi investido em torno de R$ 100 mil para poder fazer a fertirrigação”, conta Shimata.

Com rentabilidade comprovada na pastagem com o uso da fertirrigação, alguns pequenos produtores de milho da região de São Gabriel do Oeste também estão utilizando essa ferramenta sustentável.