Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 67,62 / kg
Soja - Indicador PRR$ 134,92 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 140,29 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,76 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,81 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,43 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,37 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,33 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 137,59 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 147,67 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 149,53 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,15 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 140,75 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,01 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,03 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.194,85 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.042,79 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 145,04 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 134,76 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 127,01 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,98 / cx

Revista

Exigências nutricionais de suínos em crescimento na Suinocultura Industrial de Agosto

Descubra as exigências nutricionais de suínos em crescimento na suinocultura industrial de agosto. Informações essenciais atualizadas

Exigências nutricionais de suínos em crescimento na Suinocultura Industrial de Agosto

Melissa I. Hannas, Horácio S. Rostagno e Erica B. Schultz

Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Brasil

Introdução 

O presente artigo tem como objetivo sintetizar as principais exigências nutricionais de suínos em crescimento, atualizadas no Capítulo 5, das Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos – Composição de Alimentos e Exigências Nutricionais (Rostagno et al., 2024). 

As demandas nutricionais dos suínos são influenciadas por múltiplos fatores, incluindo genética, sexo, estágio de desenvolvimento, consumo de ração, nível energético da dieta, biodisponibilidade de nutrientes, condições ambientais e status sanitário.

Na atualização das exigências nutricionais para suínos foram considerados os principais nutrientes, tais como proteína bruta e digestível, aminoácidos digestíveis, cálcio, fósforo digestível e disponível, sódio, potássio, cloro e energia metabolizável. Aqui serão abordados energia metabolizável, lisina digestível, aminoácidos essenciais e proteína bruta e digestível. 

  1. Bases das Exigências Nutricionais

As estimativas das exigências basearam-se em modelos fatoriais e empíricos integrados, com ajustes para refletir o avanço genético observado nos últimos cinco anos. Esse progresso resultou em alterações nas curvas de crescimento e no aumento do peso vivo final de suínos abatidos em uma mesma idade.

Para uma determinação dinâmica das necessidades nutricionais, desenvolveram-se modelos que permitem o ajuste diário com base no desempenho animal. Dados experimentais e manuais de diferentes linhagens genéticas foram utilizados para parametrizar os modelos, especialmente a equação de Gompertz. 

A partir desses parâmetros, estabeleceram-se curvas de crescimento para estimar o peso médio e o ganho de peso diário nas diferentes fases produtivas. As informações de peso e ganho de peso nas diferentes idades são utilizadas nas equações das exigências de energia e nutrientes. Considerando a diversidade de sistemas de produção, outras curvas de desempenho podem ser estabelecidas. 

2. Exigência de EM, Estimativa do Consumo de Ração e Níveis Energéticos

As recomendações nutricionais apresentadas nas TBAS (2024) foram estabelecidas para rebanhos de alto potencial genético, abrangendo diferentes categorias produtivas: machos castrados, fêmeas, machos inteiros (até 100 kg) e imunocastrados (a partir de 100 kg), além de lotes mistos com desempenho superior e médio. A determinação dessas exigências baseou-se em experimentos de dose-resposta conduzidos na Universidade Federal de Viçosa (UFV), ensaios realizados no Brasil e no exterior, e em uma revisão sistemática da literatura indexada na Web of Science (2016–2023), complementada por dissertações e teses sobre suínos em diferentes fases produtivas. Observações de rebanhos comerciais em diversas regiões do Brasil também foram incorporadas, garantindo maior aplicabilidade prática.

Os modelos também permitem calcular as exigências diárias de energia metabolizável (EM), lisina digestível, fósforo digestível e disponível para suínos. 

Como exemplo, apresenta-se a equação utilizada para estimar a exigência de EM em kcal/dia para suínos machos castrados, a qual foi estabelecida a partir das exigências de energia de mantença e de ganho de peso do animal. 

   Exigência de Energia = Mantença + Produção

 Exigência EM = (EM Mantença) + ((a + b Peso – c Peso2) x Ganho) 

Exi. EM (kcal/dia) = (106 P 0,75) + ((2069 + 69,78 P – 0,2184 P2) x G) 

A partir da determinação das exigências de EM para o animal é possível estabelecer o consumo de ração-alvo o qual é estimado pela relação entre a exigência diária de energia metabolizável (EM, kcal/dia) e o conteúdo energético da dieta. 

Uma vez que os suínos em crescimento ajustam voluntariamente o consumo de ração dentro de faixas específicas de EM (3.200 a 3.450 kcal/kg), os níveis energéticos das dietas podem ser dinâmicos, sendo influenciados por fatores econômicos, como custo de insumos, preço de produtos cárneos suínos e sistema de produção. 

Recomenda-se a utilização de dietas com elevado teor energético quando:

  • Fontes lipídicas (óleos ou gorduras animais) apresentam viabilidade econômica;
  • Sistemas de alimentação controlada são utilizados visando melhorar a conversão alimentar.

Por outro lado, o uso de dieta com menor densidade energética pode ser viável quando há disponibilidade de ingredientes alternativos de baixo custo, embora o aumento do teor de fibra deva ser cauteloso devido aos seus efeitos negativos na digestibilidade e no desempenho animal.

3. Exigências de Lisina Digestível e Aminoácidos Essenciais 

Para a determinação das exigências diárias de lisina digestível ileal estandardizada (Lis Dig) são consideradas as exigências de mantença e produção. A exigência de mantença foi redefinida para 0,039 g Lis Dig/kg de peso metabólico (PV⁰·⁷⁵), conforme resultados obtidos por Faria (2019).

Para estimar as exigências de produção, utilizaram-se 165 dados experimentais, provenientes de ensaios de dose-resposta realizados na UFV e publicados entre 2016 e 2023. Esses dados permitiram estabelecer equações específicas para cada gênero e categoria, que podem ser consultadas no capítulo referenciado. Como exemplo, apresenta-se a equação utilizada para estimar as exigências de lisina digestível para suínos machos castrados.

Exigência Lis. Dig = (Lis. Dig Mantença) + ((g Lis Dig / kg Ganho) x Ganho) 

Estimativa de g Lis Dig/kg Ganho = 16,84 +0,083 Peso – 0,0004 Peso2Exi. Lis. Dig (g/dia) = (0,039 P 0,75) + ((16,84 +0,083 P – 0,0004 P2) x G)