Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,76 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,63 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,63 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,84 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,45 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,59 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,88 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,58 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,25 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,65 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,13 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,15 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.181,59 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.032,51 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,77 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 152,25 / cx

Produtividade

Com menos produtores, suinocultura catarinense bate recordes de produção

Veja como a eficiência e a concentração de mercado ajudam a suinocultura catarinense a quebrar recordes de produção

Com menos produtores, suinocultura catarinense bate recordes de produção

O setor de suinocultura de Santa Catarina, líder nacional, vive uma profunda transformação marcada por um expressivo aumento de produtividade e eficiência. Dados compilados ao longo da última década revelam uma tendência de concentração de mercado, onde um número menor de produtores, mais tecnificados, está conseguindo ampliar a produção de suínos, o volume de abates e os recordes de exportação, consolidando o estado como um polo de excelência no agronegócio global.

Entre 2015 e 2025, o número de suinocultores ativos em Santa Catarina caiu aproximadamente 22%, passando de 8.380 para 6.555. No entanto, em uma demonstração de força e investimento em tecnologia, o volume de animais abatidos no mesmo período seguiu a trajetória oposta, saltando de 11,7 milhões de cabeças em 2015 para 17,9 milhões em 2024 — um crescimento superior a 50%. Em 2024, o estado foi responsável por 32,94% de todos os abates de suínos do Brasil, gerando um valor de produção de R$ 15,4 bilhões.

Avanços Tecnológicos como Motor da Produção

Segundo Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), a saída de produtores independentes, especialmente após crises como a de 2022, abriu espaço para a expansão de indústrias e cooperativas, muitas vezes em propriedades com sucessão familiar. Ele destaca que a evolução tecnológica é a chave para entender esse fenômeno. “Cinco ou seis anos atrás tínhamos em média 24 leitões desmamados por fêmea/ano. Hoje, essa média já chega a 31 em Santa Catarina”, afirma, citando a evolução genética como um dos principais avanços, ao lado de melhorias em nutrição, mão de obra e instalações.

Reflexos Diretos no Mercado Internacional

Essa maior produtividade tem permitido que Santa Catarina atenda com folga tanto o mercado interno quanto a crescente demanda internacional. As exportações do setor são um reflexo direto desse avanço:

  • Crescimento em Duas Décadas: Entre 2005 e 2024, as vendas externas de carne suína catarinense cresceram 157% em volume, saltando de 279,6 mil para 719,4 mil toneladas, e 238% em receita, que passou de US$ 502,2 milhões para US$ 1,70 bilhão.
  • Desempenho em 2024: No último ano, o estado exportou 719,4 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos), um aumento de 9,3% em relação a 2023, gerando uma receita de US$ 1,70 bilhão, 8% superior ao ano anterior.

O sucesso no comércio exterior está associado à abertura de novos mercados e, crucialmente, à manutenção de um status sanitário diferenciado, que garante ao estado acesso a mercados altamente exigentes, como China, Japão e Coreia do Sul.