
O desempenho das exportações de carne suína dos Estados Unidos nos três primeiros trimestres de 2025 apresenta um cenário de “dois hemisférios”. Segundo a Federação de Exportadores de Carne dos EUA (USMEF), enquanto os embarques para a América Latina (Colômbia e Caribe) sustentam índices de crescimento, o mercado japonês sofreu retração devido a questões cambiais.
Na Colômbia, mesmo com uma desaceleração pontual em agosto e setembro, o acumulado do ano aponta para um recorde: o volume cresceu 6% (95.311 toneladas) e a receita saltou 8% (US$ 275,5 milhões) em relação a 2024.
Na região do Caribe, a demanda turística e a abertura de novos canais impulsionaram uma alta de 2% no volume (92.457 toneladas) e 6% em valor. O destaque foi Cuba, que dobrou suas importações, somando-se ao aumento nas Bahamas e Jamaica. Esse desempenho compensou a leve queda na República Dominicana, maior mercado da região, que registrou recuo de 5% no volume.
Já no Japão, tradicional parceiro premium, o cenário foi desafiador. A desvalorização do iene encareceu o produto americano, resultando em uma queda de 9% no volume (235.083 toneladas) e 12% na receita até setembro.
No entanto, uma reviravolta sanitária pode beneficiar os EUA no curto prazo: o Japão suspendeu recentemente as importações de carne suína da Espanha após a detecção de Peste Suína Africana (PSA). Como a Espanha é um grande competidor, esse vácuo na oferta cria uma oportunidade estratégica para os exportadores americanos recuperarem o terreno perdido em 2026.
Referência: The Pig Site












