
A suinocultura brasileira encerra 2025 em alta e entra em 2026 com perspectivas ainda mais promissoras. Segundo análise divulgada ontem (30) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o setor deve viver um ano de margens atrativas, sustentado pelo tripé: demanda externa aquecida, produção em crescimento e preços firmes.
A projeção é que o Brasil embarque 1,44 milhão de toneladas de carne suína no próximo ano, um crescimento de 6,3% sobre o volume de 2025, o que pode fortalecer a posição do país como 3º maior exportador mundial.
O mapa das exportações, no entanto, passa por uma reconfiguração geográfica clara. As Filipinas consolidam-se como o principal cliente, com previsão de aumentar suas compras em 7%. Em contrapartida, a China (2º lugar) mantém a tendência de queda iniciada em 2021 — desde então, os envios para o gigante asiático recuaram mais de 70%. Nas Américas, o México desponta como um parceiro em expansão.
No mercado doméstico, o cenário é de estabilidade e consumo crescente. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que cada brasileiro consumirá 19,5 quilos de carne suína em 2026 (+2,5%). Para atender a essa demanda global e interna, a produção nacional deve crescer 4%, atingindo 5,88 milhões de toneladas.
O Cepea destaca que, ao contrário de ciclos passados marcados por volatilidade, os preços tendem a seguir firmes e menos oscilantes, garantindo previsibilidade e rentabilidade ao suinocultor.
Referência: Cepea











