Redação AI (28/06/06)- As indústrias gaúchas já começaram, ontem, a receber contatos dos importadores de cortes de frango da China. Conforme o diretor geral da Penasul, Roberto Moreira, a demanda é por asas e pés de frango, mas o volume da remessa dependerá ainda do valor a ser negociado. “Os preços devem ser mais atrativos já que enviaremos para a China continental e não mais via Hong Kong”, divulgou. O diretor de relações institucionais da Doux Frangosul, Aristides Vogt, ressalta que os chineses têm preferência por cortes repassados, hoje, ao mercado interno, o que possibilitará incremento de preço ao setor. “Eles consomem ponta de asa, pata e canela de frango e pescoço, e, têm urgência na compra do produto”, informou. Segundo Vogt,o início das remessas dependerá da licença que o governo chinês dará aos importadores daquele país.
O diretor técnico do Mapa/RS, José Severo, estará hoje em Brasília tratando do assunto. “Por enquanto, seguem as duas indústrias habilitadas no Estado, mas é quase certo que a planta da Frangosul de Passo Fundo também possa exportar.” O secretário-executivo da Asgav, José Eduardo Santos, não sabe quantificar o que significa o aumento das exportações ao Estado. “Dependerá da demanda”, ressalta. Das 59,6 mil t embarcadas ao exterior em maio, 57,7 mil t são de cortes inteiros. Em 2005, antes do embargo, o Estado enviou para a China 20 mil t.
A abertura do mercado à China não significará, no entanto, a salvação da avicultura brasileira. O alerta é do diretor da Penasul, também membro da Abef. “A aprovação para a China é importante, mas aquele mercado não será a única solução dos nossos problemas.
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