Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 70,15 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,64 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,37 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,77 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,28 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,33 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 136,39 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 139,78 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 149,48 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 152,21 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,31 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 143,92 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,15 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.184,03 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.025,81 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 144,47 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,63 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 128,37 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 156,06 / cx

Internacional

A evolução da carne de porco na Argentina: desafios e perspectivas

A evolução da carne de porco na Argentina: desafios e perspectivas

A carne de porco tem conquistado cada vez mais espaço na mesa dos argentinos, posicionando-se como um alimento preferido quase ao mesmo nível do frango. No entanto, os pequenos produtores enfrentam dificuldades devido ao aumento dos custos de milho e soja, o que força muitos a abandonar a atividade. Enquanto isso, os grandes produtores vislumbram oportunidades no mercado internacional.

O mercado global está impulsionando a exportação de carne suína, com a Argentina se destacando no fornecimento de farinha de soja para a União Europeia e China. A demanda crescente por carne de porco na China, exacerbada pela Peste Suína Africana, leva à reflexão sobre se a Argentina poderia se beneficiar mais ao exportar carne ao invés de grãos. Jorge Brunori, veterinário e consultor em Córdoba, destaca que, com a quantidade de grãos produzidos, é inconcebível que a Argentina ainda não tenha consolidado um mercado de exportação robusto para carne suína.

Os altos preços de produção e a desvalorização monetária têm pressionado os pequenos e médios produtores, que veem seus custos superarem os preços de venda. Ismael Dolso, consultor e veterinário, observa que muitos desses produtores, especialmente os que investiram em sistemas eficientes, estão sendo forçados a sair do mercado. A produção de carne suína na Argentina exige grandes investimentos e uma escala maior para ser viável economicamente, o que está fazendo com que os pequenos produtores desapareçam em prol de operações de maior escala.

A estrutura da produção suína na Argentina é altamente organizada, com cada fase do processo – desde a escolha genética dos animais até o abate – sendo meticulosamente controlada. O confinamento intensivo e a maximização do espaço são práticas comuns, mas também geram desafios ambientais e custos adicionais. O processo de transformação dos grãos em carne é complexo e dispendioso, exigindo investimentos significativos em infraestrutura e tecnologia para garantir a qualidade e eficiência.

Historicamente, a produção suína na Argentina foi dominada por pequenos produtores, mas a mudança para sistemas intensivos e a concentração de grandes operações tem redefinido o setor. As maiores empresas, como Isowean e Paladini, possuem milhares de mães e dominam a produção e comercialização. A concentração de mercado está crescendo, com as cinco maiores empresas representando uma parcela significativa da oferta de carne suína.

O futuro da carne suína na Argentina parece estar direcionado para uma maior concentração e especialização. A exportação pode se tornar um pilar crucial para o setor, especialmente se a Argentina conseguir abrir novos mercados e enfrentar os desafios da infraestrutura e regulamentação. A aposta em mercados internacionais, somada a uma adaptação às demandas globais, pode ajudar a Argentina a se posicionar como um dos maiores produtores de carne suína do mundo.

No entanto, o setor ainda enfrenta desafios significativos, como a necessidade de modernização e a adaptação às exigências ambientais e de bem-estar animal. A transformação do mercado suinícola argentino dependerá da capacidade de equilibrar produção eficiente com práticas sustentáveis e da abertura de novos mercados para manter a competitividade global.
Fonte: Opera Mundi