
No Parque de Exposições Dorval Ribeiro, em Camaquã, extensionistas da Emater/RS-Ascar apresentaram aos visitantes da Feira de Agricultura Familiar da Região Centro-Sul (Fafecs), até ontem (14), o Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (Siscal), uma das alternativas de diversificação à cultura do tabaco.
No Siscal, o ideal é ter uma área de 900 metros quadrados para cada porca com as crias até o desmame. Ela fica em um abrigo que pode ser construído de madeira sobre o campo nativo, que recebe um incremento de plantas de cobertura. Para delimitar a área, é colocada uma cerca elétrica, que pode ser alimentada por energia solar ou elétrica.
De acordo com o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar de Barra do Ribeiro, Fernando Castro, o Siscal facilita o ingresso de agricultores familiares na cadeia produtiva de suínos porque é uma alternativa de criação a campo com menor custo, em razão da menor necessidade de capital para implantação (45% do valor gasto no confinamento).
O técnico destacou também o menor uso de mão-de-obra e consumo de água, melhor destinação ambiental dos dejetos, necessidade de pouca infraestrutura, menor uso de medicamentos e produtos químicos, menores índices de mortalidade e problemas sanitários. “O produtor, geralmente, tem todo o material em casa. O arame é facilmente encontrado na propriedade, e os pontos de isolamento na cerca podem ser feitos de garrafa pet. O coxo da água pode ser de pneu – dividindo um para dois potreiros. Por isto, esta se torna uma alternativa de baixo custo”, explica Castro.
Além do Siscal, olericultura, secagem e armazenagem de grãos, apicultura, gado de leite, suinocultura e avicultura, pecuária familiar, fruticultura, ovinocultura, piscicultura, cultivo de arroz cachinho e criação de Marrecos de Pequim são ouras atividades que estão sendo demonstradas, durante a Fafecs, como alternativas para a diversificação nas propriedades rurais.
O evento ocorreu em paralelo à Expocamaquã.











