Até o final deste ano, o estado do Pará deve contar com o novo sistema de rastreamento do gado, por meio do georreferenciamento e monitoramento por satélite. A informação foi divulgada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, durante audiência pública sobre a Questão da Certificação Agropecuária Ambiental no Bioma Amazônico, realizada hoje (1º) na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. “Esse sistema visa a reduzir o desmatamento a zero na floresta amazônica, em função do avanço da pecuária”, ressalta.
Segundo o ministro, o novo modelo de rastreabilidade vem sendo elaborado há seis meses, pela Embrapa Monitoramento por Satélite. O trabalho conta com a participação da Secretaria Estadual de Agricultura do Pará, frigoríficos e entidades representantes dos pecuaristas. A princípio o novo sistema será implantado em uma região de 150 mil quilômetros quadrados, abrangendo 15 mil propriedades rurais. “Dentro de 18 meses toda a área ocupada pela pecuária no Pará poderá contar com rastreamento via satélite”, prevê.
Para Stephanes é preciso diferenciar os conceitos bioma Amazônico e Amazônia Legal para dimensionar com exatidão o impacto da pecuária no desmatamento. “Há uma distorção de dados já que a Amazônia Legal é uma “ficção” geográfica, pois faz referência ao que acontece em outros biomas como o Cerrado, por exemplo. A Amazônia Legal não tem absolutamente nada a ver com a floresta amazônica”, considera.
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