Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,50 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,20 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,82 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 126,60 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 121,50 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 120,44 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 138,62 / cx

Manejo

Biossegurança em Inseminação Artificial

Uma moderna instalação para a produção de suínos não pode em hipótese alguma prescindir de um programa de Biosseguridade. É um investimento necessário e de retorno certo para evitar prejuízos futuros.

O conceito de Biossegurança pode ser entendido como o desenvolvimento e implementação de normas rígidas que terão a função de proteger o rebanho contra a introdução de qualquer tipo de agentes infecciosos, sejam vírus, bactérias, fungos e/ou parasitas (SESTI, 1998). Uma moderna instalação para a produção de suínos não pode em hipótese alguma prescindir de um programa de Biosseguridade. É um investimento necessário e de retorno certo para evitar prejuízos futuros. Mas, mesmo nas propriedades onde já existe um programa deste tipo, muitas vezes a questão do controle da Biossegurança relacionado aos programas de Inseminação Artificial (IA) não recebe a devida atenção.

A inseminação artificial (IA) vem sendo empregada de forma crescente na suinocultura mundial. No Brasil estima-se a realização de 1,6 milhões de primeiras inseminações em 2000, o que equivale à utilização desta técnica em 51% das matrizes do plantel tecnificado (Wentz et al 2000). Na última década, houve um aumento da ordem de 1.700% no emprego da IA na suinocultura brasileira.

Esse aumento acompanhou a profissionalização da atividade e o crescimento no número de animais nas propriedades. Faz sentido. A IA viabiliza o manejo reprodutivo de grandes plantéis, poupa mão de obra e permite a rápida incorporação dos avanços genéticos nos rebanhos. Ou seja, sem ela, as modernas instalações produtivas ou não existiriam ou operariam de forma mais onerosa.

Segurança sanitária é outro forte argumento a favor da adoção da IA na produção de suínos. “Plantéis sanitariamente fechados, mas geneticamente abertos” é uma expressão freqüentemente empregada para caracterizar o baixo risco de introdução de doenças através da IA, quando comparado com o risco imposto pela introdução de animais no plantel (Thacker et al 1984). Mas o fato de ser mais seguro, infelizmente, algumas vezes leva a descuidos. A eficiência da IA como ferramenta de biossegurança, no entanto, depende da atenção dada à sanidade e à higiene em todos os segmentos de um Programa de IA, desde a localização da Central de IA (CIAS) até a logística de distribuição das doses espermáticas aos clientes.

E os perigos existem. Vários patógenos importantes já foram isolados no sêmen suíno, entre eles os vírus da Febre Aftosa, da Doença de Aujeszky (DA), da Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS) e da Peste Suína Africana e Clássica, além do PCV2. Na verdade, potencialmente todos os vírus podem ser transmitidos pelo sêmen na fase virêmica da infecção. Por isso medidas que garantam a desejada Biossegurança dentro do Programa de IA devem ser adotadas.

E já existem normatizações das medidas preventivas a serem adotadas. A Organização Internacional de Epizootias – OIE (OIE, 2000), contempla em seu Código Zoosanitário normas e recomendações específicas para Centrais de IA de suínos e para o comércio internacional de sêmen suíno, que tem por objetivo manter a saúde dos animais em um Centro de IA em padrões que permitam a distribuição internacional de sêmen livre de patógenos específicos.

Entre os aspectos gerais de biossegurança dos centros produtores de sêmen que possuem recomendações específicas para sua operação, podemos citar o isolamento físico destas instalações, a supervisão veterinária, a adoção de medidas de quarentena, o uso de antibióticos no diluente, as condições higiênicas de operação e a capacitação do pessoal.

Importante ressaltar que em tempos de busca por novos mercados, um adequado manejo que leve em conta as medidas preconizadas de Biossegurança, aliada a prática da rastreabilidade em toda a cadeia produtiva, serão cada vez mais fatores decisivos para a competitividade internacional da suinocultura brasileira.

Por isso, abordaremos com mais detalhes cada um dos aspectos gerais citados acima na próxima edição.

Até lá.

Texto elaborado com base no artigo:

SCHEID, I. R. Aspectos de Biossegurança e de Higiene Associados à Inseminação Artificial em Suínos. Disponível em http://www.cnpsa.embrapa.br/abraves-sc/pdf/Memorias2000/5_Isabel.pdf

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