Da Redação 17/04/2003 – São diversos os usos de produtos geneticamente em todo mundo. Segundo o diretor da Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária, Ywao Myiamoto, atualmente 21,5% da área de grandes culturas no mundo são de OGMs. Das áreas de soja, 51% são transgênicas, no algodão o índice atinge 20%, e 12% de milho são cultivados com esta nova tecnologia.
No Brasil cerca de 120 entidades públicas e privadas, centros de pesquisas, universidades, em diferentes regiões estão pesquisando e desenvolvendo produtos geneticamente modificados, cada um com finalidade diferentes. Ywao afirma que a biotecnologia, que possibilita o transgênico, é a ciência deste século e que o Brasil não pode ficar de fora, mas deve analisar a liberação de cada produto caso a caso. Hoje 60% das áreas de soja dos USA e 85% da Argentina são transgênicas. No Brasil comenta-se que plantam soja GM a partir de sementes contrabandeadas da Argentina há cerca de seis anos.
“O Brasil tem hoje condições de reverter este quadro, porque já temos cerca de 35 variedades de soja transgênica brasileira, devidamente testadas nas nossas condições edafoclimáticas” explica Ywao. Estas variedades foram desenvolvidas pela Embrapa, Coodetec, Monsoy, entre outros, informa.
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“Sendo realista e de bom senso, analisamos que impedir esta onda de plantio de soja GM é muito difícil, portanto é mais seguro permitir plantio de variedades testadas para o Brasil e ter condições de fiscalizar qualidade e sanidade, alem de rastrear a origem, certificando os produtos para os nossos compradores”.
