Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,21 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,60 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,91 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,34 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 106,48 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 112,73 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 121,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 123,17 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 102,62 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 114,21 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 111,43 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 104,92 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 112,55 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 127,71 / cx

Falta de milho é ameaça real

Exportações podem deixar granjas sem a principal matéria-prima para fazer ração.

Da Redação 29/08/2002 – O risco de desabastecimento de milho no Brasil este ano e, pior ainda, em 2003, torna-se uma possibilidade cada vez mais real no entendimento de dirigentes de empresas que exploram granjas de aves e de suínos. O temor é decorrência de um anunciado contrato de exportação do milho safrinha colhido principalmente no Paraná, o principal estado produtor brasileiro, e prevista para o segundo semestre. No cenário mais otimista, os empresários entendem que o cereal se tornará excessivamente caro para os padrões de consumo internos devido à necessidade de uma importação maior que a prevista, encarecida pelo dólar recentemente valorizado.

No atual ano-safra, que vai até março de 2003, o governo federal prevê uma produção de 36 milhões de toneladas, para um consumo entre 36,5 e 37 milhões de toneladas. O poder público planeja exportar 2 milhões de toneladas e importar 600 mil toneladas. O restante da demanda seria suprido com estoques remanescentes da última safra.

Aproximadamente 1,7 milhão de toneladas de milho já foram embarcadas. Empresas ligadas ao comércio exterior prevêem a exportação de, pelo menos, outras 500 mil toneladas do milho safrinha, o que estouraria a projeção oficial em, pelo menos, 100 mil toneladas.

O volume de exportações surpreendeu até mesmo as pessoas que atuam na estocagem e embarque de grãos no principal porto exportador, o de Paranaguá (PR).

Dólar caro e seca nos EUA são a causa

Os principais fatores que favorecem as exportações de milho são o câmbio, com o dólar cotado acima de R$ 3,00, a maior liquidez e a abertura de mercados internacionais e a seca que atrasa os plantios nos Estados Unidos. Em quatro semanas, o preço do milho subiu 13% na Bolsa de Chicago.

No início deste ano, a previsão era de que as exportações ficassem abaixo dos 2 milhões de toneladas previstos. Mas a situação mudou, embora os preços para a exportação estejam muito próximos dos valores obtidos na venda no atacado para o mercado interno.

Preocupado com a situação, mas apenas no próximo ano, o governo está lançando mão de contratos de opção para a compra de 5 milhões de toneladas na safra 2002/03. O objetivo é manter um preço estimulante para o milho, que em safras recentes tem perdido área para a soja.