Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,50 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,20 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,82 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 126,60 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 121,50 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 120,44 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 138,62 / cx

Insumos

Duelo soja inox e ferrugem

<p>Nova variedade da oleaginosa estreia na safra 2009/10 e travam primeira disputa em escala comercial.</p>

A safra 2009/10 de soja marcará a estreia, em escala comercial, da chamada “soja inox”, que tem sido desenvolvida desde o início da década, quando foram detectados os primeiros casos de ferrugem asiática no Brasil. Desde a safra 2001/02, quando foram encontrados os primeiros focos, a doença, uma das mais danosas para a sojicultura no país, já causou prejuízos de pelo menos US$ 11,6 bilhões.

O combate à ferrugem é feito, em grande parte, com a aplicação de fungicida, mas outras técnicas passaram a ser adotadas com o passar dos anos. A partir da safra 2008/09, todos os principais Estados produtores de soja do país passaram a adotar o vazio sanitário, intervalo de 60 a 90 dias em que o plantio do grão é proibido, como forma de tentar estancar a disseminação do fungo que causa a doença. Entre os grandes produtores, o Paraná ainda não havia adotado a medida.

A utilização da soja inox é a nova frente de batalha contra a doença. Ao menos uma cultivar da Embrapa Soja e duas da Tropical Melhoramentos Genéticos (TMG) chegarão ao mercado em escala comercial. A soja é mais resistente à ferrugem, mas não deixará as plantações livres da necessidade de aplicação de fungicida.

“O monitoramento da ferrugem será o mesmo do feito com a soja que não é a inox. O que muda é que o início das aplicações [de fungicida] pode esperar um pouco, o que, no final, reduz o número de aplicações”, afirma José Tadashi Yorinori, um dos maiores especialistas em ferrugem asiática do país e que, a partir de 2002, trabalhou no desenvolvimento das cultivares inox da TMG. Em plantas que exigem quatro aplicações ao longo do ciclo, a necessidade pode cair pela metade, diz.

Na safra 2008/09, as despesas com controle químico da doença somaram R$ 2,5 bilhões, ou US$ 1,5 bilhão, segundo dados compilados pela Embrapa Soja e apresentados na última quinta-feira. Na temporada 2007/08, as perdas totais causadas pela doença somaram US$ 2,38 bilhões.

Não significa, necessariamente, que os prejuízos caíram de forma drástica entre uma temporada e outra. Os dados sobre perdas na safra 2008/09 não incluíram os cálculos com perdas de grãos e de arrecadação, conta que foi feita nos ciclos anteriores. Exclusivamente com controle químico, as despesas somaram US$ 1,58 bilhão na safra 2007/08, valor bem parecido com o registrado na temporada encerrada em junho.

O número de focos de ferrugem encontrados na safra 2008/09 foi de 2.884, o que representou um crescimento de 37% em relação à temporada anterior. O dado tampouco pode ser encarado como uma grande piora no trabalho de combate à doença no Brasil, ressalva Cláudia Godoy, pesquisadora da Embrapa Soja.

Cresceu o número de laboratórios cadastrados para a coleta de amostras, segundo ela. “O monitoramento é importante principalmente para se detectar a ocorrência do primeiro foco. Depois o trabalho continua, mas para acompanhamento”, afirma.