Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,41 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,31 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,96 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,57 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,13 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.185,08 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.023,45 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,84 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Comentário Suíno

Mudanças de estratégia e competitividade - Por Wolmir de Souza

Busca por alternativas de renda dentro do agronegócio brasileiro fez com que verdadeiros desbravadores fizessem do Centro-Oeste brasileiro um dos principais celeiros do mundo.

A falta de uma política agrícola adequada a realidade e as diversidades deste País têm provocado alterações e mudanças na cultura – não somente da terra, mas na cultura e nos objetivos de um povo.

A busca por alternativas de renda dentro do agronegócio brasileiro fez com que verdadeiros desbravadores oriundos principalmente do Sul do Brasil fizessem do Centro-Oeste brasileiro um dos principais celeiros do mundo em produção de alimentos principalmente de origem vegetal.

Produção em larga escala, consumo em outros estados – onde frete e impostos tiram lucratividade e competitividade – mudam o cenário brasileiro. Com propósito de agregar valor ao grão e melhorar a rentabilidade através da produção de carnes, principalmente suínos e aves, produtores originários do centro sul do Brasil, migram para o Centro-Oeste.

Com certeza os resíduos (dejetos) – que aqui são problemas – lá são muito bem vindos, melhorando ainda mais a produtividade e diminuindo os custos.

Sem dúvida o grande objetivo desta migração foi deixar de vender grãos para vender carnes, transformar proteínas vegetais em proteínas animais – agregando renda e diluindo os custos. 

Hoje, com um mundo globalizado e as políticas internacionalizadas, geridas por moeda internacional e negociadas em bolsa de valores, o milho – principal insumo na produção de carnes e produzidos em grande escala nestes estados – que era comercializado entre R$ 5 e R$ 8 a saca, saltaram para algo em torno de R$ 18 a R$ 20 reais.

Mais trabalho no Sul- Talvez os números não sejam bem estes, porém a verdade é: quem produz suínos na região sul não é porque gosta de trabalhar aos sábados, domingos e feriados. Não é pela simples paixão pelo animal ou pela atividade.

Na verdade, a falta de uma remuneração justa pelo suíno fez com que o valor fosse pressionado. E repito: Era justo ao produtor de milho e o que acontece hoje é esta migração da atividade suinicola, fazendo com que o valor do milho aumente nos estados do Sul, inviabilizando nossa produção e nossa economia – já que nossa base sustentável está na produção de carnes e leite.

Acredito que se buscassemos mecanismos que melhorassem a renda do suinocultor através do grão, meios de transportes e diminuição da carga tributária teríamos fortalecidas nossas identidades e particularidades, fazendo com que cada produtor em cada região tivesse renda dentro do que sua atividade.

Precisamos rever nosso foco sob pena de tirar do sul a sua principal identidade. Uma região onde a dependência de grãos de outros estados é cada vez maior, inviabilizando um modelo já instalado e um histórico com alto grau de profissionalismo já definidos.

Por Wolmir de Souza, presidente INCS