Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 67,52 / kg
Soja - Indicador PRR$ 134,57 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 140,08 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,72 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,86 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,41 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,37 / kg
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 137,33 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 137,59 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 147,67 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 149,53 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,15 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 140,75 / cx
Frango Congelado - Indicador SPR$ 8,05 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,04 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.192,33 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.042,79 / t
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 145,04 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 134,51 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 127,01 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,98 / cx

Energia Alternativa

Criadores usam dejetos de animais para produzir energia elétrica

Utilização de biodigestores contribui para reduzir a poluição. Brasil está entre os líderes do mundo em relação à criação de animais.

Criadores usam dejetos de animais para produzir energia elétrica

Criadores de suínos e de gado do Paraná conseguem renda tratando os dejetos dos animais criados em confinamento. Com o uso de biodigestores, eles conseguem reduzir a poluição e produzir ao mesmo tempo fertilizante e energia elétrica.

Quando o assunto é criação de animais, o Brasil está entre os líderes do mundo. De norte a sul do país, sítios e fazendas abrigam milhões de cabeças de gado de corte, vacas leiteiras, porcos, cabras, ovelhas e frangos.

O problema é que em certos lugares a concentração de animais é tão grande que traz riscos para a natureza. Afinal, onde tem muito bicho, tem muito estrume e muita urina. São dejetos que sem manejo adequado se transformam em fontes de poluição. Se considerar apenas os rebanhos confinados de bovinos, aves e porcos no Brasil, a produção de estrume e urina chega a 410 milhões de toneladas por ano, o equivalente a mais de um milhão de toneladas por dia.

A região oeste do Paraná é famosa pela beleza das Cataratas do Iguaçu, um espetáculo da natureza. É também a terra de um gigante da engenharia humana. Construída na fronteira com o Paraguai, a hidrelétrica de Itaipu é a maior geradora de eletricidade do mundo.

Além da beleza das cataratas e da grandiosidade de Itaipu, a região também se destaca pela força do agronegócio. O oeste do Paraná tem muita soja e milhares de fazendas de criadores de porcos, aves e gado de leite.

No lugar que tem muito rebanho, tem muito dejeto e muito combustível para geração de energia. Cícero Bley Júnior é um defensor da produção de eletricidade no campo. Agrônomo e engenheiro, ele é superintendente de Energias Renováveis de Itaipu.

Segundo Cícero, o biogás produzido nos biodigestores tem um potencial imenso no Brasil. “A grande energia renovável do Brasil é o biogás porque ela está difusa no espaço todo e é mais disponível em termos de custo-benefício. Tudo o que for orgânico contém o metano com potencial de conversão em energia elétrica, uma nova vocação para o campo”.

Para transformar a vocação em energia de fato, a equipe de Itaipu organizou um projeto pioneiro. Tocado em parceria com a Copel, a Companhia Paranaense de Energia, o trabalho já funciona em 41 propriedades da região.

Na fase de lactação, as vacas de uma propriedade que se dedica à produção de leite ficam confinadas em galpões, onde recebem diariamente silagem e ração, comida balanceada, servida no cocho. Além de oferecer alimento farto e de qualidade, os donos também se preocupam com o bem-estar do rebanho. Um ambiente limpo e confortável é importante para a saúde e a produtividade. Por isso, as vacas são tratadas de maneira especial, com ventiladores, ar condicionado e até massagem.

Com tantos cuidados, as vacas produzem diariamente 20 mil litros de leite em três ordenhas. O problema desse tipo de manejo é o alto custo com energia elétrica e a grande quantidade de dejetos. “Quanto maior o volume de vacas em sistema de confinamento, fora do pasto, o grande desafio do produtor é dar destino aos dejetos”, explica Sandro Viechnieski, pecuarista e veterinário.