Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,41 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,31 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,96 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,57 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,13 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.185,08 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.023,45 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,84 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Produção

#TBT Agrimidia: Criação industrial de galinha-d’angola para corte como alternativa para produção avícola em 1987

Veja como o #TBTAgrimidia: Criação industrial de galinha-d’angola para corte pode revolucionar a avicultura no Brasil.

#TBT Agrimidia: Criação industrial de galinha-d’angola para corte como alternativa para produção avícola em 1987

Publicada na edição nº 927 da revista Avicultura Industrial, de 1987, esta matéria apresenta um panorama técnico sobre a criação industrial da galinha-d’angola para corte no Brasil. Assinada pelo médico-veterinário Francisco Militão de Sousa, a reportagem destaca os avanços genéticos importados da França, as exigências nutricionais específicas das aves e a importância de práticas de biosseguridade e manejo adequadas para garantir o sucesso produtivo. Em um momento em que o setor buscava alternativas à produção convencional de frangos, a galinha-d’angola surgia como uma opção promissora e rentável para a avicultura nacional.

Criação industrial de galinha-d’angola para corte exige manejo técnico e nutrição de precisão

A criação industrial da galinha-d’angola para corte vem se consolidando no Brasil como uma alternativa viável à produção tradicional de frangos. Segundo o médico-veterinário Francisco Militão de Sousa, a base genética das angolas industriais comercializadas no país é resultado de mais de 20 anos de melhoramento zootécnico realizados na França, conferindo às aves um potencial produtivo significativamente superior ao das aves crioulas.

Com crescimento rápido e constante, essas aves podem atingir até 1.700 gramas aos 93 dias, desde que mantidas sob rigoroso manejo nutricional e sanitário. Por serem sensíveis à qualidade da alimentação e à presença de fungos, a formulação das rações e o ambiente de criação exigem atenção especial.

Fases de criação e exigências nutricionais

O ciclo de produção das angolas industriais é de aproximadamente 13 semanas, dividido em três fases:

  • Inicial (0 a 4 semanas): Ração com 23% de proteína e 2.900 Kcal/kg de energia metabolizável. Esta fase é a mais crítica, exigindo boa ambiência e alimentação balanceada.
  • Crescimento (5 a 8 semanas): As exigências nutricionais diminuem, e o consumo médio de ração é de 1.900 gramas por ave. A densidade ideal de alojamento é de até 10 aves por m².
  • Final (9 a 13 semanas): Rações com níveis ajustados de proteína e minerais (Quadro V). O consumo médio nesta fase é de cerca de 2.540 gramas por ave.

As dietas devem usar apenas fontes proteicas vegetais, como soja, e ingredientes de boa qualidade e baixa umidade, principalmente o milho (inferior a 14% de umidade), para prevenir contaminação fúngica. A presença de micotoxinas é especialmente prejudicial às angolas.

As instalações podem ser as mesmas usadas na criação de frangos de corte, com adaptações no manejo térmico, principalmente nos primeiros dias de vida, quando a temperatura inicial deve ser de 34°C, reduzida gradativamente até 20°C. O uso de luz azul durante o período noturno ajuda a evitar amontoamentos.

Os sistemas de alimentação e hidratação podem utilizar comedouros tubulares e bebedouros pendulares, além dos modelos lineares tradicionais.

Como medida preventiva, recomenda-se uma dose única de vacina contra Newcastle na 5ª semana de vida. É fundamental manter boas práticas de higiene, fornecer água tratada e realizar exames de fezes a cada 25 dias para detectar coccidioses e verminoses. As angolas são comumente afetadas por Eimeria numidae e Eimeria grenieri, sendo necessário o uso de anticoccidianos nas rações das três fases. Mesmo com a profilaxia, surtos esporádicos podem ocorrer e devem ser tratados com medicamentos similares aos usados em frangos.

A criação industrial de galinhas-d’angola para corte demanda um manejo técnico rigoroso, com foco em nutrição balanceada, controle sanitário e ambiência adequada. Com esses cuidados, o sistema pode ser altamente produtivo e uma alternativa rentável à avicultura tradicional.