Em entrevista à Jovem Pan, Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), analisou os impactos da guerra comercial entre EUA e China para o Brasil. Para ele, o país pode se beneficiar da disputa, mas deve se preparar para o protecionismo americano.
Lupion destaca a relação comercial vantajosa do Brasil com a China e vê na disputa uma oportunidade de estreitar laços e ampliar o acesso ao mercado chinês. No entanto, o deputado adverte que o Brasil também pode ser alvo da política protecionista de Trump, especialmente em setores como o etanol de milho e o suco de laranja, nos quais o país se destaca na produção.
O presidente da FPA também criticou a política do governo em relação aos preços dos alimentos, afirmando que as ações são insuficientes e que a culpa pela alta dos preços recai sobre o setor agropecuário de forma injusta. Lupion defende que o governo precisa controlar seus gastos e parar de atacar o setor, responsável por 30% do PIB brasileiro.
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Sobre a reforma tributária, o deputado criticou a “surpresa” do veto aos trechos que tratam dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e do Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro), afirmando que não houve discussão sobre taxação desses fundos durante a tramitação da reforma.
Para os próximos dois anos, a FPA priorizará questões econômicas, como o Plano Safra e o Seguro Agrícola, e a questão das invasões de terra, que Lupion afirma serem orquestradas por movimentos sociais ligados ao governo.
Por fim, o presidente da FPA falou sobre a COP 30, que será realizada em Belém em 2025. Ele defende que o Brasil precisa mostrar ao mundo que é um país que preserva suas florestas e que é um grande produtor de alimentos, demonstrando responsabilidade socioambiental.
