
A MBRF divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025, registrando uma queda de 62% no lucro líquido, totalizando R$ 94 milhões, em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, a diretoria da companhia não espera desequilíbrios significativos entre oferta e demanda no mercado de frango em 2026.
José Inácio Escoceria, diretor financeiro da MBRF, afirmou que o aumento pontual de 3% na produção dos Estados Unidos no terceiro trimestre não deve impactar o comércio internacional, pois o cenário global segue equilibrado. Segundo ele, a produção global pode crescer de 2% a 3%, o que é insuficiente para causar desequilíbrio, já que a demanda continua com tendência positiva.
O diretor-presidente da MBRF, Miguel Gularte, reforçou que o Brasil deve manter estabilidade entre oferta e demanda em 2026 e destacou que a diversificação geográfica e o portfólio de produtos processados aumentam a capacidade da empresa de enfrentar oscilações de ciclo. Gularte afirmou que a MBRF vive um mercado onde “a demanda supera a oferta” e que a operação de frango, que representa 25% da produção total da MBRF, é crucial para a diversificação e a estabilidade dos resultados.
Retomada de Mercado na Europa
Durante a teleconferência, Gularte manifestou otimismo com a retomada do sistema de “pré-listing” para as exportações brasileiras de frango à Europa nas próximas semanas. Esse sistema, suspenso desde os episódios de gripe aviária, permitiria ao Brasil voltar a habilitar diretamente suas plantas exportadoras para o mercado europeu, sem necessidade de inspeções prévias da União Europeia.
Gularte destacou que a companhia está preparada para aproveitar a reabertura, com uma plataforma de produção global, sendo 40% do portfólio composto por produtos processados, o que garante resiliência frente a situações sanitárias. Ele atribuiu a rápida reabilitação dos mercados internacionais à atuação coordenada do setor e do Ministério da Agricultura, citando a eficácia da aplicação dos conceitos de regionalização e municipalização sanitária.
Após a divulgação do balanço, as ações da companhia fecharam em alta de 8,15% na B3, diante das perspectivas positivas para o mercado externo de proteína animal em 2026.










