
Em uma decisão considerada um marco para a proteção animal na Europa, o governo da Inglaterra anunciou um ambicioso pacote de novas leis que proíbe o uso de gaiolas para galinhas poedeiras e de celas de parição (gaiolas de parto) para porcas. A medida visa eliminar sistemas considerados cruéis, forçando a transição para métodos de produção que permitam aos animais expressar seus comportamentos naturais.
A Secretária do Meio Ambiente, Emma Reynolds, confirmou que o governo iniciará uma consulta pública no próximo ano para definir o cronograma de eliminação gradual das “gaiolas de colônia enriquecidas” — que substituíram as gaiolas de bateria em 2012, mas ainda confinam cerca de 21% das galinhas do Reino Unido em espaços equivalentes a uma folha A4.
Para a suinocultura, o foco é o fim das gaiolas de gestação e parto, que impedem as porcas de se moverem ou cuidarem adequadamente dos leitões. A ONG Compassion in World Farming estima que a mudança impactará positivamente a vida de 7 milhões de aves e 150 mil suínos anualmente.
O pacote legislativo vai além das fazendas. As novas regras incluem requisitos para o abate humanitário de peixes de cultivo, o fim da criação intensiva de filhotes de cães (fábricas de filhotes) e a proibição de coleiras de choque. Também estão previstas restrições à caça de lebres durante a reprodução e o banimento de armadilhas de laço. “Somos uma nação de amantes dos animais. Este governo está implementando a estratégia de bem-estar animal mais ambiciosa em uma geração”, afirmou Reynolds.
Referência: The Guardian












