Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,41 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,31 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,96 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,57 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,13 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.185,08 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.023,45 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,84 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Sanidade

Estudo da China analisa os riscos da gripe aviária com a descoberta de novas cepas

As origens dos recentes ressurgimentos do micro-organismo, porém, não são claras

Estudo da China analisa os riscos da gripe aviária com a descoberta de novas cepas

Surgido na China em 1996, o H5N1, vírus que causa a gripe aviária altamente patogênica (GAAP), saiu da Ásia em 2014 e, em 2021, espalhou-se pelo mundo, chegando a partes da África e da Europa. Mais recentemente, versões do H5 foram detectadas em animais das Américas, incluindo no Brasil.

As origens dos recentes ressurgimentos do micro-organismo, porém, não são claras.

Para tentar esclarecer as mudanças na ecologia e na evolução desse patógeno que também representa um risco para mamíferos, incluindo humanos, pesquisadores da Universidade de Hong Kong publicaram um estudo na revista Nature . O artigo sugere que a crescente persistência da gripe aviária nas populações de aves selvagens está impulsionando o desenvolvimento e a propagação de novas estirpes.  

O especialista em evolução genômica e epidemiologia Vijaykrishna Dhanasekaran examinou as mudanças nas origens e nas tendências dos surtos de GAAP usando dados epidemiológicos coletados pela Organização para Alimentação e Agricultura e pela Organização Mundial de Saúde Animal entre 2005 e 2022. Os cientistas também realizaram a análise de mais de 10 mil genomas virais completos.

Os principais eventos de ressurgimento foram identificados em 2016/17, com a análise do genoma revelando que as linhagens se originaram na Ásia — especificamente na China. Dois novos vírus H5 rastreados entre 2020 e 2022 que emergiram de populações de aves africanas e europeias “indicam uma mudança notável no epicentro do H5, afastando-se da Ásia e indo para outros continentes”, diz o artigo. 

Contenção

Segundo Dhanasekaran, essas cepas evoluíram por meio de rearranjo genético, com variantes virais de baixa patogenicidade à medida que se disseminavam. O autor sugere que essas descobertas destacam a relevância das estratégias de eliminação para limitar a propagação viral e controlar a prevalência da gripe aviária altamente patogênica nas populações globais de aves. Ele também ressalta a importância de compreender a evolução viral para mitigar e reagir a novas estirpes.

“No passado, o abate de aves era a resposta preferida às epidemias de gripe aviária, mas isso já não é sustentável devido à enorme escala da propagação global”, concorda Raina MacIntyre, chefe do Programa de Biossegurança do Kirby Institute, na Austrália, e especialista em gripe e doenças infecciosas emergentes que não participou do estudo.

“Muitos países mudaram para a vacinação de aves, o que pode levar a novas mutações do vírus. O aumento de infecções em mamíferos é especialmente preocupante, pois pode sinalizar adaptação à transmissão em mamíferos e potencial pandêmico. Nunca houve um momento na história da GAAP em que o risco de uma pandemia humana fosse mais preocupante do que agora.”