Uma pesquisa sobre os efeitos da privação de água em aves durante o transporte revela que períodos superiores a 6 horas podem ser prejudiciais ao bem-estar das aves. Esse estudo, liderado pelo Professor K. E. Wurtz, do Departamento de Ciências Animais e Veterinárias da Universidade de Aarhus, Dinamarca, aborda a motivação para beber das aves durante o transporte, os indicadores fisiológicos de desidratação e os potenciais impactos emocionais.
Durante o transporte, é provável que as aves sintam a necessidade de beber, e a falta de instalações adequadas pode afetar suas emoções. No entanto, determinar quando essa motivação atinge um ponto crítico que impacta negativamente o bem-estar é um desafio.
Os pesquisadores analisaram indicadores fisiológicos, como a osmolalidade do plasma, a vasotocina de arginina e o cloreto, para avaliar a desidratação. A desidratação ao longo do tempo pode ser detectada por meio desses indicadores à medida que o corpo das aves tenta manter a homeostase.
A revisão conclui que períodos de transporte superiores a 6 horas estão provavelmente associados a indicadores fisiológicos mensuráveis de desidratação e podem potencialmente resultar em estados emocionais negativos. Este estudo destaca a relevância dessas descobertas, especialmente considerando os crescentes riscos para o bem-estar das aves durante o transporte, uma questão cada vez mais pertinente na Europa. O estudo destaca a necessidade de considerar o tempo de viagem, a temperatura, a densidade de estocagem e outros fatores ambientais e individuais ao abordar a desidratação em aves durante o transporte.