
Tradicionalmente associada às celebrações de fim de ano, a carne de peru vem rompendo a barreira da sazonalidade e ganhando espaço na mesa do consumidor brasileiro como uma alternativa de proteína animal para o consumo cotidiano. Especialistas em nutrição apontam que, devido ao seu perfil lipídico favorável e alta digestibilidade, a ave se destaca como uma opção superior para quem busca equilíbrio dietético e controle de taxas metabólicas, indo muito além de ser apenas o prato principal da ceia natalina.
Segundo a nutricionista Fabiana Borrego, o grande diferencial do peru reside na sua composição corporal. Em comparação direta com a carne de frango, o peru apresenta um teor de gordura significativamente menor, o que o torna um aliado estratégico para pessoas com restrições alimentares, como diabetes, colesterol elevado ou triglicerídeos altos. “O teor de gordura influencia diretamente na glicemia e na saúde cardiovascular”, explica a especialista. Além de ser uma proteína magra de alto valor biológico, a carne é rica em vitaminas do complexo B e minerais essenciais, fortalecendo a imunidade.
Diferenciação de Mercado e Segurança Alimentar
Para o consumidor, é crucial entender as distinções técnicas nas gôndolas. Borrego esclarece a confusão comum entre o peru e as chamadas “aves especiais” (como chester e fiesta). Enquanto estas últimas são linhagens de frangos selecionados para terem maior porte e concentração de carnes nobres (peito e coxas), aproximando-se do sabor do frango convencional, o peru possui uma carne naturalmente mais magra e com textura distinta.
A segurança alimentar é outro pilar abordado. O consumo seguro da ave depende do cozimento adequado, que deve atingir temperaturas superiores a 75ºC no centro da peça para eliminar patógenos como a Salmonella. A presença de termômetros em produtos industrializados e, fundamentalmente, o selo de inspeção sanitária, são garantias indispensáveis de qualidade. Quanto ao mito de que a carne de peru causa sonolência devido ao triptofano, a nutricionista desmistifica: a sensação de peso após as festas está mais relacionada ao volume excessivo de comida ingerida do que à química da carne em si.
Referência: Asgav












