
A contribuição dos povos da pesca artesanal para o enfrentamento da emergência climática foi o foco de um painel realizado nesta segunda-feira (17/11) na COP30, em Belém. O debate, organizado pela Secretaria Nacional da Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), reuniu especialistas, lideranças e gestores públicos no espaço Agrizone.
O painel reforça o papel da pesca artesanal na mitigação dos impactos ambientais e no fortalecimento das comunidades pesqueiras, onde vivem os Povos das Águas (pescadores, quilombolas, ribeirinhos, marisqueiras, indígenas e outros).
O secretário nacional da Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho, afirmou que o MPA incorpora os temas da justiça ambiental e das emergências climáticas em suas ações. “A construção de políticas de mitigação deve incluir a força das comunidades tradicionais pesqueiras. Esse tema precisa ser enfrentado para que possamos construir políticas de mitigação diante das inconstâncias da crise climática. Mas não só isso: é preciso um conjunto de propostas robustas, voltadas ao auxílio e à proteção em casos de emergências climáticas”, destacou.
Ramalho apresentou o documento “Mulheres da Pesca Artesanal e Emergência Climática”, que reúne propostas construídas coletivamente pelas comunidades pesqueiras artesanais de todos os biomas do país, com foco nas intersecções entre gênero, emergência climática e sustentabilidade.
Adayse Bossolani, coordenadora-geral de Gestão Participativa Costeira-Marinha do MPA, ressaltou o marco histórico da criação da Secretaria Nacional dedicada à pesca artesanal, resultado da força dos movimentos sociais, com o objetivo de melhorar a vida dos povos da pesca artesanal.
O Programa Povos da Pesca Artesanal, lançado pelo Governo Federal e liderado pelo MPA, é uma iniciativa voltada exclusivamente para pescadoras e pescadores artesanais, visando fortalecer suas comunidades e territórios, e valorizar seus modos de vida tradicionais.
O evento contou com a participação de Sara Lopes (Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais), Maria Juliana Correa (Fiocruz) e Cristiane Cunha (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), entre outros.











