Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 67,52 / kg
Soja - Indicador PRR$ 134,57 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 140,08 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,72 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,86 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,41 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,37 / kg
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 137,33 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 137,59 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 147,67 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 149,53 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,15 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 140,75 / cx
Frango Congelado - Indicador SPR$ 8,05 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,04 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.192,33 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.042,79 / t
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 145,04 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 134,51 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 127,01 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,98 / cx

Geral

El Niño: o fenômeno climático e seus impactos na agricultura

De acordo com a Nottus Meteorologia, o fenômeno climático resulta em um aumento de 1,2ºC na porção central do Pacífico e de 3ºC na região leste do oceano.

El Niño: o fenômeno climático e seus impactos na agricultura

A recente volta do fenômeno climático El Niño, confirmada pela Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) no início de junho, levanta preocupações sobre seus possíveis impactos na agricultura.

Enquanto isso, o setor já lida com um cenário de alta nos preços das commodities, principalmente devido a questões como o clima adverso para as safras nos Estados Unidos e a incerteza no Mar Negro em relação ao escoamento dos grãos da Ucrânia.

Especialistas alertam que o principal efeito negativo pode ser sentido nos preços dos alimentos.

O que é o El Niño?

O El Niño provoca o aquecimento das águas na região central e leste do Oceano Pacífico, o maior oceano do planeta.

De acordo com a Nottus Meteorologia, o fenômeno climático resulta em um aumento de 1,2ºC na porção central do Pacífico e de 3ºC na região leste do oceano.

De acordo com os modelos da empresa de meteorologia, o El Niño deve atingir maior intensidade entre outubro e novembro. Além disso, há probabilidade acima de 95% de o fenômeno persistir até o final do ano e acima de 90% para o trimestre de janeiro a março de 2024.

Em geral, o fenômeno resulta em maior volume de chuvas no Sul do Brasil e tempo mais seco nas regiões Norte e Nordeste do país, com calor acima do normal no Sudeste, Centro-Oeste e oeste da Amazônia.

Impactos na agricultura

Desirée Brandt, meteorologista na Nottus, identifica cinco principais desafios para a agricultura com a confirmação do fenômeno:

1. Irregularidades nas chuvas para o Sudeste e Centro-Oeste;
2. Corte precoce das chuvas no Verão (impacto na safrinha);
3. Chuvas abaixo da média no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia);
4. Aumento do risco de tempestades com ventania e granizo no Sul do Brasil, especialmente na Primavera;
5. Maior possibilidade de surgimento de pragas e doenças nas lavouras.

Consequentemente, de acordo com a economista Luciana Rabelo, do Itaú BBA, o El Niño pode provocar um efeito inflacionário nos alimentos.

“O fenômeno traz um viés de alta para a inflação dos alimentos este ano, principalmente para hortifrútis, que são mais sensíveis às mudanças climáticas e cuja produção é concentrada na região Sul e Sudeste do país. Em 2023, esperamos que a alimentação no domicílio desacelere para 0,6% (de 13,2% em 2022) influenciada, principalmente, pela queda nos preços das commodities agrícolas e pela valorização do real”, afirma.

Além disso, segundo o BBA, o impacto do El Niño tende a ser mais negativo para o milho e de resultado misto para a soja. De acordo com o banco, em metade dos eventos registrados, houve uma queda na produção de milho.

Em relação à soja, os dados são menos conclusivos, com uma redução na produção apenas nos dois últimos fenômenos registrados, sendo a queda menos intensa do que a observada no milho.