Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Artigo

Redução de emissões mobiliza governo e empresas - por Ricardo Ernesto Rose

Segundo o jornal Valor, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comentou que a contribuição do Brasil deverá ser anunciada oficialmente em pouco tempo, "quando a primavera chegar".

Redução de emissões mobiliza governo e empresas - por Ricardo Ernesto Rose

Em dezembro próximo ocorrerá em Paris a Conferência da Partes (COP-21), que reunirá os países para discussão de um novo acordo climático global. Durante o encontro a Europa, os Estados Unidos e a China apresentarão planos já anunciados para redução de suas emissões, principalmente no setor da geração de energia. O Brasil, colocado entre os grandes geradores de gases de efeito estufa, deverá mostrar ações na redução e gradual eliminação do desmatamento, atividade responsável por cerca de 60% das emissões do país. Segundo o jornal Valor, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comentou que a contribuição do Brasil deverá ser anunciada oficialmente em pouco tempo, “quando a primavera chegar”. A estratégia envolve também outros cinco ministérios além do Meio Ambiente; Fazenda, Agricultura, Energia, Relações Exteriores e Planejamento.

O Brasil criará um Fundo para Preservação das Florestas em parceria com a Alemanha, que destinará 32 milhões de euros (R$ 100 milhões) para este projeto. Como parte da iniciativa o governo brasileiro criará a Secretaria das Florestas, com a missão de recuperar este bioma e agilizar a implantação do novo Código Florestal no país. A iniciativa, segundo a ministra do Meio Ambiente, deverá criar um novo setor da economia, ligado à preservação e expansão das florestas naturais. Se bem gerido, o segmento poderá gerar postos de trabalho para especialistas de diversos níveis, além de contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias. Como já aconteceu com a EMBRAPA em relação à agricultura, a iniciativa poderia criar novas tecnologias, específicas no gerenciamento de florestas tropicais.

A aproximação da COP-21 e a formação de um consenso mundial voltado à gradual descarbonização da economia, também está chamando a atenção das empresas. Na “Carta Aberta ao Brasil sobre Mudança de Clima – 2015” um grupo de empresas, líderes em seus setores, pede que o governo brasileiro seja mais ambicioso em seus compromissos de redução de gases de efeito estufa. Assumindo diversos compromissos de redução de emissões – como a eliminação de produtos cuja fabricação envolve desmatamento – as empresas pretendem influenciar o governo em suas decisões sobre o assunto. A redução do impacto ambiental nas atividades econômicas é tema atual mesmo em tempo de crise. Para o grupo de empresas, que reúne marcas como Natura, Samarco Mineração, CPFL, Grupo Libra, Walmart e Intercement, “a recessão econômica não é motivo para reduzir investimentos em sustentabilidade”.

A redução das emissões não se limita à redução ou eliminação futura do desmatamento. No setor energético o Brasil também aumentou bastante suas emissões, com a utilização de usinas termelétricas movidas a óleo ou carvão. Aqui cabe explorar o imenso potencial de energias renováveis que o país possui e implantar medidas claras de eficiência energética. O lixo e outros resíduos orgânicos mal geridos também são causadores de emissões de gases, principalmente nas grandes cidades. Apesar disso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), válida desde 2014, ainda não foi implantada na maior parte dos municípios do país. Os veículos automotivos continuam poluindo a atmosfera dos centros urbanos e ainda não existem programas de controle das emissões veiculares. Assim, há muito por fazer no Brasil e é preciso começar!

Ricardo Ernesto Rose é Consultor, jornalista e autor, com especialização em gestão ambiental e sociologia. Graduado e pós-graduado em filosofia. Desde 1992 atua nos setores de meio ambiente e energia na área de marketing de tecnologias, trabalhando para instituições internacionais. Atualmente é consultor em inteligência de mercado no setor de sustentabilidade. É editor do blog “Da natureza e da cultura” (www.danaturezaedacultura.blogspot.com). Seu site profissional é: www.ricardorose.com.br