
A burocracia para acessar um dos mercados mais exigentes e remuneradores do mundo foi significativamente reduzida para o agronegócio nacional. A União Europeia (UE) confirmou ao governo brasileiro, via carta oficial, o restabelecimento do mecanismo de pre-listing para os exportadores de carne de aves e ovos. A medida põe fim a um hiato de sete anos e devolve à autoridade sanitária brasileira a autonomia para habilitar novas plantas frigoríficas para o bloco europeu. Com a retomada do pre-listing, o processo de habilitação ganha agilidade e previsibilidade.
A partir de agora, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) volta a ter a prerrogativa de fiscalizar, atestar e indicar quais estabelecimentos cumprem os rigorosos requisitos sanitários europeus. Uma vez que a lista é enviada pelo Mapa à UE, as agroindústrias indicadas estão automaticamente aptas a exportar, eliminando a necessidade de longas esperas por missões de auditoria internacional para avaliações caso a caso. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto”, celebrou o ministro Carlos Fávaro, destacando a importância estratégica desse mercado para a rentabilidade do setor avícola.
A formalização do acordo é o desfecho de uma intensa agenda diplomática e técnica conduzida ao longo do ano. As negociações avançaram significativamente após uma missão a Bruxelas em outubro e uma reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, e o comissário europeu Christophe Hansen. Além de destravar a pauta de aves e ovos, o diálogo reativou um mecanismo permanente para tratar de temas regulatórios, com nova rodada prevista para o primeiro trimestre de 2026, e abriu caminho para futuras auditorias visando o retorno das exportações de pescados.
Referência: GOV











