
O diretor da Divisão de Economia e Política Agroalimentar da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), David Laborde, afirmou que o Brasil tem um papel crucial no compartilhamento de soluções climáticas com o mundo. Após visitar a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), nesta quarta-feira (8/10), Laborde destacou que as inovações e conceitos desenvolvidos no Brasil, especialmente na pecuária sustentável, podem beneficiar produtores em outras regiões, como a África.
Laborde, que veio acompanhado de Luís Rangel, auditor do Departamento de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), buscou conhecer ações e tecnologias relacionadas ao Plano ABC+.
Showroom de Agropecuária Sustentável
Durante a visita, os representantes da FAO e do MAPA conheceram:
- Três sistemas integrados com árvores, incluindo a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) com gado de corte e vacas leiteiras.
- A ordenha automatizada voluntária.
- Vitrine de forrageiras utilizadas para pastagem.
- Sistema intensivo de produção pecuária.
Laborde ficou impressionado com a diversidade de soluções que a Embrapa desenvolve. Ele observou que o centro de pesquisa possui tecnologias capazes de atender a demandas específicas e sistemas diferentes que podem responder às necessidades de diversos tipos de produtores, com medição de emissões e foco na sustentabilidade. Luís Rangel, do MAPA, complementou: “O que constatamos foi que a Embrapa Pecuária Sudeste consegue ser um showroom de agropecuária sustentável. Acredito que ele (Laborde) sairá daqui com uma visão mais prática sobre o que é a agricultura brasileira”.
Cooperação e Segurança Alimentar
A FAO trabalha em conjunto com o Brasil na documentação dos esforços realizados no Plano ABC e em outras iniciativas, como a Aliança Global para Erradicar a Fome e a Pobreza. Laborde finalizou enfatizando a importância de ter melhores dados, encontrar soluções e garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos de qualidade que possam pagar, em um planeta que terá que sustentar 10 bilhões de pessoas no futuro.