1. Como você descreveria a história da Bretanha?
A Bretanha é uma história de resiliência. A empresa foi fundada em 01 de março de 2001 para trazer tecnologia de inseminação artificial da Europa para o Brasil, em um momento que o Brasil tinha 1,2 milhões de matrizes e menos de 50% usava inseminação artificial (IA). Ao longo destes quase 25 anos, ajudamos a massificar o uso da IA em suínos para 99,99% da suinocultura industrial. Fizemos laboratório dentro das granjas, chegamos a ter mais de 500 clientes com centrais de sêmen nas granjas. A partir de 2010, com o surgimento das grandes centrais (UDG), lideradas pelas agroindústrias e empresas de genética, ajudamos a fechar as centrais internas nas granjas e equipar estes novos laboratórios. Entramos no mercado de produção de doses e hoje somos um dos principais fornecedores de tecnologia e serviços para IA de suínos do Brasil. E vem mais mudanças e evoluções nos próximos anos.
- Como foi a história da Bretanha e da Magapor?
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Em 2009 percebemos que precisávamos ter um parceiro que nos aportasse tecnologia. Naquele momento, tínhamos um bom diluente, que trazíamos de uma marca francesa, porém, estávamos ficando para trás no mercado. Sem inovação e sem novas tecnologias. Encontramos a Magapor, onde um amigo tinha assumido a Diretoria de vendas Global com a missão de transformar a Magapor na referência mundial em tecnologia e produtos para inseminação artificial de suínos. O Brasil era um dos 05 países-chave para este crescimento. Estávamos em um momento das duas empresas que ambas queriam crescer. A parceria deu certo, hoje a Magapor é de longe a empresa referência em IA de suínos e no Brasil a Bretanha é a referência.
- Qual a grande contribuição da Magapor?
A Magapor nos ensinou a fazer inseminação pós-cervical. Isso transformou o mercado de reprodução e genética do Brasil e do mundo. Isso colocou a Bretanha em um outro patamar. Além de ser uma técnica que teve alta aderência das granjas, pois facilita o manejo, nos obrigou a monitorar a qualidade das doses de sêmen. Com isso, desenvolvemos nosso programa SAQ – Semen de Alta Qualidade, que é considerado o mais completo do mundo. Hoje a Bretanha monitora mais de 50% das doses de sêmen produzidas e utilizadas no Brasil.
- Qual o momento da Bretanha?
Como sempre uma empresa no Brasil vive em momentos de desafio econômicos, adaptando-se a nossa realidade política, fiscal e trabalhista. Passamos por uma reestruturação interna e societária nos últimos 03 anos, com revisão da nossa estratégia e alinhamento de cultura. Ainda estamos em um momento delicado de alavancagem, mas com uma estratégia clara de crescimento. Consolidamos a Bretanha Group, onde temos a Bretanha Reprodução que o mercado conhece, a Data Swine na área de tecnologia e conexão de dados, a Bretanha Agro para operação de granjas e a Bretanha AMVC. Esta última, uma sociedade com a AMVC Management Service dos Estados Unidos, a terceira maior empresa de gestão de produção de suínos dos EUA gerenciando 45 granjas (170 mil porcas), 03 UDG e dando consultoria em mais de 250 mil matrizes. É a oitava maior fornecedora de suínos para abate daquele mercado. Com esta empresa, Bretanha AMVC, temos como objetivo replicar o modelo americano de terceirização da gestão das granjas e sistemas de produção. Como diz um amigo meu diretor de uma grande agroindústria, “meu sonho é terceirizar o fomento…”. Este é nosso objetivo com a Bretanha AMVC, terceirizar os fomentos e ajudar a escrever uma nova história entre produtor e frigoríficos.
- E Sobre o futuro?
A missão da Bretanha é “Transformar a suinocultura”. Assim, com a Bretanha Group que é um ecossistema de soluções ligadas a um só propósito, com as parcerias com a AMVC Americana e Magapor Espanhola, vamos continuar aportando ao mercado, serviços e conhecimento em suinocultura. Vamos ir além da reprodução, que foi o que nos trouxe até aqui. Agora queremos chegar até a plataforma do frigorífico, ajudando nossos clientes a produzir mais, melhor e de forma mais sustentável. Construímos uma estrutura técnica e de parceiros com experiência e conhecimento prático, vivido em grandes empresas. Somos profissionais na casa dos 50 anos de idade e 30 de experiência, porém queremos contribuir para as novas gerações. Construir mais uma história. Sabemos dos desafios que a produção de carne suína enfrenta e vai enfrentar. Desafios de pessoas, bem-estar animal, ambiental e sanitário. Com nossa experiência e visão de futuro, estamos preparados para ajudar as empresas e produtores de suínos a chegar em 2035 de forma saudável e lucrativa. Nosso foco é serviços, gestão e organização estratégica do negócio da suinocultura. Atuar no negócio, não apenas dentro da granja. Ajudar a formar o trabalhador do futuro para as granjas de suínos do futuro.
