Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 67,64 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,85 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,70 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,81 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,81 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,45 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,43 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,28 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,37 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 130,58 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 135,58 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 144,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 148,75 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 123,73 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 138,16 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.199,57 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.044,16 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,84 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 131,89 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 122,17 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 135,74 / cx

Segurança Alimentar

Fiesp debate o futuro da segurança alimentar: desafios e oportunidades para a indústria

Fiesp debate o futuro da segurança alimentar: desafios e oportunidades para a indústria

Com a expectativa de aumento da demanda por comida de 35% até 2030, indústria tem papel fundamental em garantir a oferta de alimentos necessária.

O documento “Projeção Demográfica Mundial”, da Organização das Nações Unidas (ONU) – Relatório 2017, mostra que se a população mundial chegar a 8,6 bilhões em 2030, a maioria vivendo em centros urbanos, isso exigirá um aumento de 35% da produção de alimentos, mais 40% de energia e incremento de 50% de água. 

Para debater como enfrentar esses desafios, especialistas em segurança alimentar e sanitária foram convidados para participar da reunião de abertura dos trabalhos de 2025 do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp, realizada em uma segunda-feira (3/2), e conduzida por seu presidente Jacyr Costa. 

O coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica do Instituto Tecnológico de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Luis Madi, reforçou que a produção em escala industrial “é o caminho para reduzir os custos dos alimentos e erradicar a fome no mundo”. Isso permite, segundo ele, diminuir perdas e desperdícios e usar de forma mais eficiente a água e a energia. 

Madi lembrou que o Brasil é o maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países. “A indústria de alimentos representa 10,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro”, afirmou. 

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), referentes a 2023, mostram que o Brasil exportou 72,1 milhões de toneladas de alimentos industrializados, ultrapassou os Estados Unidos em volume exportado e assumiu a liderança desse ranking. 

No final da apresentação, Luis Madi citou o novo projeto do Ital Comer com Ciência, lançado em outubro de 2024. O objetivo do projeto é comunicar de forma direta, clara e imparcial a realidade e a importância do processamento de alimentos em todos os ambientes. Neste caso, destacando exemplos de produtos alimentícios e sua relação com a saúde, reforçando a credibilidade da pesquisa científica e dos órgãos certificadores e reguladores nas áreas de alimentos, bebidas, ingredientes e embalagens. 

“Estamos mudando o foco da disseminação do conhecimento para além do público técnico”, arrematou Madi, ao criticar o “ativismo organizado” que, segundo ele, combate os alimentos industrializados. 

Outra expositora, a nutricionista Márcia Terra, membro da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), pontuou a diferença entre segurança alimentar e de alimentos.  

“A segurança alimentar envolve disponibilidade, acessibilidade, estabilidade e utilização de alimentos”, explicou Márcia. Diz respeito à garantia de que todas as pessoas tenham acesso físico, social e econômico a alimentos suficientes, seguros e nutritivos.  

A segurança de alimentos refere-se ao conjunto de práticas, normas e processos que garantem que os alimentos sejam seguros para o consumo humano. “Não é porque saiu da indústria que o alimento é mais ou menos saudável”. 

Isso inclui o controle de contaminantes químicos, biológicos e físicos, a regulamentação do uso de aditivos, a inspeção durante o processamento, embalagem, transporte e armazenamento, além da aplicação de tecnologias para evitar doenças de origem alimentar. “Certificar-se de que um lote de leite de soja esteja livre de microrganismos prejudiciais à saúde”, exemplificou Márcia Terra. 

Já a nutricionista e coordenadora técnica de nutrição do Sesi-SP, Camila de Lima, destacou que erradicar a fome com qualidade é um desafio complexo que requer ações integradas e multidisciplinares, envolvendo governos, setor privado, organizações não governamentais e a sociedade civil. 

Camila mencionou a importância da alimentação escolar (pública e privada). Segundo ela, pesquisa da Public Health Nutrition, de 2023, mostra que as crianças que recebem alimentação adequada têm desempenho 20% melhor em avaliações escolares. 

Para ela, educar para uma alimentação saudável e sustentável é um passo fundamental para garantir que todos tenham acesso a alimentos de qualidade. 

“No Sesi-SP, (quase 100 mil alunos) trabalhamos para enfrentar esses desafios com programas que promovem a formação de hábito alimentar saudável, educação alimentar e o aproveitamento integral dos alimentos, reduzindo o desperdício e melhorando a qualidade nutricional”, finalizou Camila.

Fonte: Portal Fiesp