
Em um momento crítico de surto de gripe aviária H5N1 nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) admitiu ter demitido “vários” funcionários da agência que trabalhavam na resposta federal à crise. A situação, que expõe falhas na gestão de pessoal em meio a uma emergência de saúde pública, está sendo corrigida com a recontratação dos profissionais.
O governo Trump, liderado por Elon Musk e pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), tem buscado reduzir o tamanho do governo por meio de demissões em massa. No entanto, a medida resultou na perda de funcionários essenciais para o combate à gripe aviária, que já infectou 68 humanos e afetou 151 rebanhos de aves nos EUA, com um impacto de 23 milhões de aves.
Diante da gravidade do surto, que causa preocupações sobre uma nova pandemia, o USDA se mobiliza para recontratar os funcionários demitidos, reconhecendo a importância de seus cargos para a segurança pública e o fornecimento de alimentos. A Secretária de Agricultura, Brooke Rollins, que convocou um painel sobre gripe aviária em seu primeiro dia no cargo, tem se dedicado à busca de uma estratégia abrangente para combater a doença.
Apesar dos esforços para minimizar os impactos da medida, as demissões já causaram problemas para o combate à disseminação da gripe aviária, conforme relatado por Keith Poulsen, diretor do Laboratório de Diagnóstico Veterinário de Wisconsin. A situação tem gerado preocupação entre legisladores democratas e republicanos, que alertam para os riscos de cortes no USDA em meio à crise.
O caso levanta questionamentos sobre a efetividade das políticas de redução de pessoal do governo Trump e sobre a importância de se priorizar a saúde pública e a segurança alimentar em momentos de crise. A recontratação dos funcionários demitidos é um passo importante para mitigar os danos causados, mas a situação serve de alerta para a necessidade de uma gestão mais cuidadosa dos recursos humanos em áreas críticas como a saúde e a segurança.
Fonte: The Mirror US











