Da Redação 06/04/2005 – Empresários dos setores de aves, suínos e gado leiteiro do Estado ameaçam ingressar com uma ação judicial contra o Ministério da Agricultura caso seja negada a importação de 2,5 milhões de toneladas de milho da Argentina. A medida teria como base a autorização dada pela CTNBio para que Pernambuco importasse milho transgênico argentino. “Iremos defender mesmo tratamento aos estados”, avisou o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Aristides Vogt. De imediato, seriam necessárias 500 mil toneladas.
Ontem, o grupo pediu apoio ao governador Germano Rigotto devido à projeção de desabastecimento com a estiagem. Rigotto reconheceu a necessidade de ação conjunta e prometeu interceder junto ao ministro Roberto Rodrigues. Uma reunião em Brasília deve acontecer na próxima semana. Os dirigentes também apontam como alternativas leilões de PEP e deslocamento de milho do Paraná. Nesse caso, o Estado perderia R$ 2,20 por saca em ICMS.
O déficit do grão no Estado chegaria a 3 milhões de t, mas haveriam 500 mil t nas mãos dos cerealistas. “Ainda não falta produto, mas os estoques estão baixos, e o preço – R$ 24,00 -, acima do que a indústria pode pagar”. Segundo Vogt, apesar da estabilidade nas últimas duas semanas, o preço do milho colocado na indústria subiu 35% nos últimos 60 dias. A elevação já causou um aumento médio de 8% no preço do frango no atacado. Já o valor pago ao produtor não acompanhou o ritmo.
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Ontem, o presidente da Acsurs, Valdecir Folador, solicitou à Conab abertura da venda de milho a balcão. Conforme o superintendente da Conab no RS, Carlos Manoel Farias, até agora só foram identificados casos isolados de desabastecimento, como Erechim. “Se a situação persistir e o preço subir, aí nós iremos interferir.”
