Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 70,30 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,45 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,75 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,75 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,28 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,35 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 136,02 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 139,36 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 149,66 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 151,76 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 129,00 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 144,66 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,16 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.183,62 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.042,10 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 144,47 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,56 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 128,40 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 155,00 / cx

Criação de avestruz resiste à crise e aposta na qualidade

<p>Carne magra, couro resistente e plumas com alto valor de mercado. No avestruz tudo se aproveita. Mercado brasileiro é grande promessa para investidores.</p>

Redação AI (09/05/06)- O avestruz é o animal mais produtivo que existe e o Brasil já é o segundo maior criador do mundo. Mas nem por isso a atividade é uma promessa de rentabilidade imediata ou sem precedentes, como muitas vezes se costuma divulgar.

Grande defensor da atividade, o superintendente técnico-científico da Associação de Criadores de Avestruz do Brasil (Acab) e médico veterinário, Bernardo Carneiro, frisa que a estrutiocultura não é uma “galinha dos ovos de ouro”, é um agronegócio como outro qualquer, mas que sinaliza muito bem pela vocação do país e pela excelência que a avicultura brasileira alcançou. Ele proferiu a palestra “Estrutiocultura: o agronegócio que mais cresce no Brasil”,
no IV Enipec, no Centro de Eventos do Pantanal, na manhã dessa segunda-feira (8).

Como atrativos na criação de avestruz, Carneiro destaca a alta qualidade da carne – que apresenta baixo teor de gordura; o couro – que é o segundo mais valorizado do mundo, por ser durável, resistente e bonito; além das plumas, das quais o Brasil é o maior importador, por conta do carnaval.

O veterinário também lembra que o país tem todas as condições favoráveis para o desenvolvimento da estrutiocultura. Entre essas condições vale ressaltar a sanidade animal, a abundância de grãos (o que resulta em ração de baixo custo), condições climáticas
adequadas, um mercado doméstico de 180 milhões de consumidores, mão-de-obra abundante e tradição de criatório e competitividade nas exportações.

De acordo com Carneiro, quando se começa uma atividade, geralmente o investidor busca visualizar o mercado externo. Contudo, ele salienta ser importante olhar também o mercado
interno que, no caso do Brasil, é promissor. Para exemplificar, ele compara que se pelo menos 0,1% da população do país consumisse carne de avestruz, seriam necessários 568 mil animais/ano para abate. Hoje, 10 anos após a introdução da atividade no Brasil, o plantel é de 530 mil animais. Ou seja, ainda há muito para crescer.

A criação de avestruz já está espalhada por todas as regiões do país, mas os maiores criadores estão no Centro-Oeste e Sudeste. Segundo Carneiro, o problema gerado com as dificuldades financeiras da Avestruz Master “esfriou um pouco” a empolgação com a atividade, mas o setor deu a volta por cima e continua crescendo.

“É uma exploração pecuária sustentável. Só é perigoso falar em investimento de retorno imediato. Essa expectativa de rentabilidade exagerada gerou frustrações e acontecimentos peculiares. No afã de amanhecer rico, por exemplo, tinha gente criando avestruz em casa, o que é impossível”, pondera o médico veterinário.

De qualquer forma, os números que envolvem a criação de avestruz sempre chamam a atenção. Basta fazer comparações simples como as apresentadas por Carneiro na palestra. O avestruz atinge a idade ideal para abate aos 12 meses, enquanto que o boi só chega a esse ponto aos 36 meses. A ave tem uma vida produtiva de 30 a 40 anos e o boi de 10 anos. Além disso, uma média de 60 a 70 avestruzes podem ser criados em uma área de um hectare, mesmo espaço exigido por um boi.