Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,50 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,20 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,82 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 126,60 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 121,50 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 120,44 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 138,62 / cx

Manejo

Agrotóxicos em queda

<p>As reduções de preços de defensivos agrícolas devem reduzir a receita do setor neste ano.</p>

A indústria brasileira de defensivos passou à liderança mundial do setor em 2008, superando os Estados Unidos, mas a posição não deverá ser mantida neste ano, de acordo com dados apurados pela consultoria alemã Kleffmann, especializada em agronegócio. As quedas de preços do insumo devem reduzir a receita do setor.

Em 2008, segundo a consultoria, o mercado brasileiro de defensivos movimentou US$ 7 bilhões, acima dos US$ 6,6 bilhões registrados nos EUA. A queda esperada para o Brasil é de 10%, de acordo com Lars Schobinger, presidente da Kleffmann no Brasil. Um recuo também é esperado no mercado americano, embora não na mesma intensidade.

Esse desempenho não é necessariamente uma má notícia para as indústrias, avalia ele. “As perspectivas eram bem piores. Falava-se em queda de 20%. O impacto da crise foi superestimado”, diz Schobinger. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Defesa Vegetal (Sindag), o faturamento do setor no país em 2008 foi de US$ 7,125 bilhões.

O recuo dos preços não é fenômeno restrito ao Brasil. O custo dos defensivos tem caído desde 2008, na esteira do barateamento das commodities minerais que são matéria-prima para a fabricação do insumo – o glifosato, por exemplo, herbicida largamente utilizado na agricultura brasileira, tem o fósforo como matéria-prima básica.

Na comparação com outros países, contudo, a adoção da transgenia ainda é pequena no mercado brasileiro, o que faz com que agrotóxicos que não são adotados em outros países o sejam no Brasil – e, em consequência, levem a uma queda maior na receita. O plantio comercial de milho transgênico, por exemplo, passou a valer apenas na safra 2008/09 no país. Segundo a Kleffmann, 5% da área do milho da safra de verão foi ocupada pela variedade geneticamente modificada. Na safrinha, o número passou a 14%. Nos EUA, a fatia é superior a 90%.

A diminuição da receita não significa um encolhimento do mercado, avalia Schobinger. “Por estar localizado em uma região tropical, o Brasil tem mais desafios no controle de pragas e doenças que outros grandes mercados, como França, Japão e EUA”, diz. “O potencial de crescimento da indústria é muito grande”.

Em seu estudo sobre o avanço do uso dos defensivos nos principais mercados mundiais, a Kleffmann cruzou os dados do crescimento da produção e do volume consumido do insumo entre 2004 e 2007. Na relação entre defensivo utilizado por tonelada produzida, o crescimento no Brasil foi de apenas 1%, bastante inferior ao avanço registrado em países como Argentina (49%), China (25%) e França (28%). Entre os mercados avaliados, houve queda apenas no Japão e nos EUA.

Segundo o estudo, 80% das embalagens de agrotóxicos colocadas no mercado brasileiro são recolhidas em programas de destinação, desempenho superior ao dos alemães (60%), Austrália (50%), França (45%) e EUA (20%).