Fonte CEPEA
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,96 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,15 / kg
Frango Congelado - Indicador SPR$ 7,99 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,40 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,91 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,58 / kg
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 64,26 / kg
Soja - Indicador PRR$ 128,88 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 133,62 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.260,87 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.225,86 / t
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 140,10 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 142,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 155,79 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 155,63 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 134,20 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 148,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 145,83 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,54 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 139,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 156,59 / cx

Sustentabilidade

Bertin reforça fiscalização

<p>Frigorífico terá cláusulas socioambientais. Objetivo é evitar que a imagem da empresa seja prejudicada nos mercados interno e externo.</p>

Braço do frigorífico Bertin, um dos maiores do País, para engorda, criação e confinamento de gado, a Comapi Agropecuária decidiu refazer contratos com propriedades com as quais mantém algum vínculo comercial. O objetivo é se resguardar diante de irregularidades ambientais e trabalhistas nessa cadeia de fornecedores.

Nos contratos em vigor, como de comodato e de arrendamento de terra para a criação de gado, serão adicionadas cláusulas socioambientais. São 16 propriedades, espalhadas por três Estados: Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Nessas novas cláusulas, segundo a Comapi, os terceirizados terão de assumir quatro compromissos, sob pena de terem os contratos bloqueados.
Assim que os contratos forem refeitos, as propriedades não poderão: 1) ter a área embargada por conta de desmatamento ilegal; 2) sofrer condenação por trabalho análogo à escravidão; 3) ser oriunda de grilagem; e 4) ser palco de conflitos agrários ou indígenas.

“A empresa se valerá das informações públicas divulgadas pelos órgãos competentes para monitorar tais requisitos. Ocorrendo qualquer violação das cláusulas socioambientais, a Comapi bloqueará o fornecedor”, afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.
A revisão desses contratos nada mais é do que uma reação do Bertin a acontecimentos recentes que abalaram a imagem do grupo tanto no mercado nacional como internacional.

Trabalho escravo – A luz amarela acendeu quando o Ministério Público Federal no Pará acusou a empresa de comprar gado de áreas desmatadas ilegalmente na região amazônica. O Bertin assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com os procuradores, mas, logo em seguida, acabou envolvido num flagrante de trabalho escravo.

Fiscais do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho localizaram e resgataram no Tocantins trabalhadores em situação análoga à escravidão numa fazenda parceira da Comapi – a empresa comprava silagem produzida nessa área terceirizada.
Essa revisão de contrato com 16 propriedades visa justamente resguardar a empresa desse tipo de situação. O Bertin tem como sócio o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que investiu R$ 2,5 bilhões e detém atualmente 26% do capital do frigorífico.

“As mudanças nas relações trabalhistas e ambientais ocorrem com velocidade. E nós precisamos atuar com a mesma velocidade dessa modernização”, afirmou Fernando Saltão, diretor da Comapi Agropecuária.

Além da revisão dos contratos, o Bertin promete fazer visitas in loco a todas essas propriedades. Auditores irão checar não só o cumprimento das normas ambientais e trabalhistas mas também as condições de alimentação e de alojamento dos trabalhadores.