
Apesar de a suinocultura paranaense estar vivendo um bom momento, com recordes de produção e ótimos resultados em exportação, esse cenário positivo não tem se traduzido em aumento de renda para os produtores integrados. Um levantamento de custos de produção do Sistema FAEP aponta que a perspectiva positiva do setor não está se refletindo dentro da porteira.
O estudo, realizado há mais de 15 anos para fornecer subsídios de negociação com as integradoras, abrangeu seis Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) nas regiões Oeste e Campos Gerais.
Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP, explica que os suinocultores integrados estão conseguindo, no máximo, cobrir os custos variáveis da atividade. No entanto, os custos fixos e operacionais, que incluem a depreciação de equipamentos e instalações, estão deixando os produtores no vermelho.
“Os produtores estão tendo receita suficiente para pagar apenas os custos variáveis. Isso cria um cenário de ilusão de que está pagando as contas. Mas quando se estratifica a atividade, quando vemos o custo fixo e operacional, percebe-se que a receita não é suficiente. O produtor está tendo que tirar dinheiro para sustentar a produção na granja”, definiu Nicolle.
O presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, ressaltou que, para crescer com rentabilidade, é fundamental que o produtor conheça a própria atividade em detalhes e trabalhe a gestão do empreendimento rural.
Referência: Sistema FAEP











