Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

União Europeia

Resultados dos investimentos da UE para "descarbonizar" sua agricultura decepcionam

Bloco injetou 100 bilhões de euros nessa frente entre 2014 e 2020

Resultados dos investimentos da UE para "descarbonizar" sua agricultura decepcionam

A União Europeia injetou 100 bilhões de euros (pouco mais de R$ 590 bilhões) em ações voltadas a estimular a descarbonização de sua agricultura entre 2014 e 2020, mas os resultados são decepcionantes para o bloco que procura dar lições ao resto do mundo sobre produção sustentável.

Relatório do Tribunal de Contas Europeu mostra que cerca de 25% dos recursos da Política Agrícola Comum da UE foram alocados para a luta contra o aquecimento global no período examinado, mas as emissões de gases de efeito estufa (GEE) não diminuíram desde 2010.

A constatação ocorre num contexto especialmente sensível, quando os 27 países do bloco comunitário negociam a nova PAC, que vai vigorar até 2027, e se enquadrar na meta europeia de neutralizar as emissões de carbono até 2050.

Papel crucial

“O papel da UE na atenuação das alterações climáticas no setor agrícola é crucial, uma vez que estabelece normas ambientais e cofinancia a maior parte das despesas agrícolas dos Estados-membros’’, disse Viorel Stefan, membro do Tribunal de Contas europeu e responsável pelo relatório.

O TCE examinou as práticas de mitigação das mudanças climáticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa de três fontes principais: produção animal, fertilizantes químicos e estrume, e uso do solo.

A produção animal representa cerca da metade das emissões provenientes da agricultura, e não diminuíram desde 2010. O relatório nota que a PAC não procura limitar o tamanho do rebanho de bovinos, responsáveis por dois terços das emissões. A proporção de emissões atribuídas à pecuária aumenta ainda mais se forem levadas em conta as emissões originárias da produção de rações, incluindo as importações. O consumo de produtos animais tampouco diminuiu desde 2014.

Quanto às emissões associadas aos fertilizantes, que representam um terço do total, houve alta entre 2010 e 2018 na Europa. A PAC tem apoiado práticas que, em tese, poderiam reduzir a utilização de fertilizantes, como agricultura biológica. Mas o tribunal europeu considera que essas práticas têm impacto incerto sobre as emissões de gases.

Além disso, a PAC apoia agricultores que cultivam “drained peatland”, ou áreas pantanosas, que representam menos de 20% das terras agrícolas da UE. Mas os subsídios europeus raramente são usados para a restauração dessas “turfeiras”. O apoio da PAC a medidas de sequestro de dióxido de carbono, como reflorestamento, agrossilvicultura e a conversão de terras aráveis em prados, não aumentou em relação ao período entre 2007 e 2013.

O tribunal europeu constatou que as regras de condicionalidade e medidas de desenvolvimento rural pouco mudaram, apesar da maior ambição europeia em matéria de clima e desempenho ambiental.