
Reconhecendo o papel estratégico da fauna silvestre na epidemiologia das doenças, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) concluiu uma série de treinamentos intensivos para caçadores na Sérvia e em Montenegro.
A iniciativa, que capacitou mais de 200 profissionais, visa fortalecer a biosseguridade durante a caça e aprimorar a detecção precoce da Peste Suína Africana (PSA) em javalis, vetores cruciais para a disseminação do vírus.
A região dos Balcãs Ocidentais vive um momento delicado: enquanto em Montenegro o vírus foi detectado apenas em javalis, na Sérvia a doença já atingiu tanto a população selvagem quanto porcos domésticos. O programa, liderado pelo especialista em biossegurança Jovan Mirceta, combinou teoria e prática.
Os caçadores aprenderam protocolos rigorosos para coleta e acondicionamento de amostras, além de procedimentos seguros para o manuseio e preparação das carcaças abatidas, minimizando o risco de contaminação ambiental.
“Detectar e controlar a doença na vida selvagem é fundamental para proteger os suínos domésticos. Os caçadores desempenham um papel crucial ao relatar a PSA em javalis”, destacou Mark Hovari, especialista em saúde animal da FAO.
Além da capacitação, o projeto forneceu equipamentos de resposta a emergências e apoiou revisões de biossegurança em granjas comerciais e de pequenos produtores, consolidando uma abordagem de defesa sanitária que integra os setores público, privado e as comunidades rurais.
Referência: The Pig Site












