
A Comissão Europeia propôs adiar por mais um ano a entrada em vigor do Regulamento Florestal da UE (EUDR). A medida, que deveria ter sido aplicada originalmente a partir de dezembro de 2024, foi bem recebida por representantes dos setores de ração do Reino Unido e da UE. A Comissária Europeia do Meio Ambiente, Jessika Roswall, justificou a decisão citando preocupações com o funcionamento da plataforma de TI necessária para gerenciar os grandes volumes de dados.
A regulamentação exige que importadores de soja e outras commodities, como óleo de palma, café, cacau, carne bovina e madeira, demonstrem que seus produtos não foram produzidos em terras desmatadas após 31 de dezembro de 2020. A Comissão teme que a plataforma de TI pudesse “levar à desaceleração do sistema a níveis inaceitáveis ou mesmo a interrupções repetidas e duradouras”. A proposta agora precisa ser ratificada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, o que é amplamente esperado.
O adiamento é visto como uma medida pragmática e necessária para evitar interrupções e garantir a prontidão da cadeia de abastecimento da UE. A Confederação das Indústrias Agrícolas (AIC) e a Federação Europeia de Fabricantes de Alimentos Compostos para Animais (FEFAC) acolheram a proposta, destacando a necessidade de simplificar a regulamentação para reduzir os encargos administrativos e proteger o fornecimento de soja para o setor de ração e pecuária da UE.
No entanto, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) descreveu o adiamento como “embaraçoso”, afirmando que levaria a custos enormes para as empresas que já investiram em conformidade e a uma perda de prestígio para a Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen. A EUDR não se aplica ao Reino Unido, que está desenvolvendo um regulamento semelhante.
Referência: Pig World