Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 65,49 / kg
Soja - Indicador PRR$ 133,01 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 138,52 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,45 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,75 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,47 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,35 / kg
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 151,32 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 153,38 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 164,46 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 168,98 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 143,61 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 157,13 / cx
Frango Congelado - Indicador SPR$ 8,24 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,26 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.205,06 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.109,39 / t
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 165,31 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 151,07 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 137,59 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 152,30 / cx

Exportação

Exportação de suínos atinge nível histórico, mas preços ao produtor oscilam

Setor de suinocultura bate recordes em exportações, mas os preços ao produtor mostram variações. Entenda essa dinâmica

Exportação de suínos atinge nível histórico, mas preços ao produtor oscilam

O agronegócio brasileiro demonstrou uma força exportadora extraordinária em setembro de 2025, estabelecendo novos marcos históricos para as cadeias de proteína animal. O setor de suinocultura liderou o desempenho, registrando o maior volume mensal já embarcado, com 151,6 mil toneladas (incluindo produtos in natura e processados). A carne bovina acompanhou o ritmo e também bateu seu recorde de embarques. Somadas à carne de frango — que continua em recuperação após o foco de Influenza Aviária em maio —, as três proteínas ultrapassaram, pela primeira vez, a marca de 900 mil toneladas exportadas em um único mês.

A performance da suinocultura é um destaque consistente em 2025. No acumulado do ano (janeiro a setembro), os embarques de carne suína in natura já somam 985 mil toneladas, um avanço de 14,28% (mais de 123 mil toneladas) sobre o mesmo período de 2024. Este crescimento é sustentado por uma diversificação de destinos, com as Filipinas se consolidando na liderança (absorvendo 30% dos envios de setembro), seguidas pela China, e com um crescimento notável nas compras de Japão, México e Vietnã.

Apesar da demanda externa aquecida, o mercado doméstico do suíno vivo apresenta forte instabilidade e não reflete o otimismo internacional. A cotação da carcaça suína especial, que atingiu seu pico anual em setembro — impulsionada exatamente pela necessidade da indústria em suprir os contratos de exportação —, registrou um recuo significativo na primeira quinzena de outubro. A prova de que a exportação sustentou os preços veio da análise regional: Minas Gerais, estado com o maior rebanho independente, viu suas cotações despencarem em meados de setembro, tornando-se a praça mais barata do país, enquanto os estados do Sul (origem de 90% das exportações) mantiveram seus preços mais firmes.

Enquanto o mercado suíno oscila, as outras proteínas seguem caminhos distintos: o frango apresenta recuperação de preços no atacado, coincidindo com a retomada das exportações; e o boi gordo segue com cotações estáveis, indicando que a virada do ciclo pecuário ainda não ocorreu. Para os custos de produção, o cenário é de estabilidade. O primeiro levantamento da Conab para a safra 2025/26 projeta uma nova alta na produção de soja (+3,6%, para 177,6 milhões de toneladas) e um leve recuo no milho (-1,8%, para 138,6 milhões), mas sem qualquer risco de escassez do cereal, que apresenta exportações abaixo do esperado e cotações estáveis.

Segundo Marcelo Lopes, presidente da ABCS, o recuo nos preços do suíno em setembro, especialmente em Minas Gerais, foi sentido pelo produtor independente. Contudo, o mercado já sinaliza estabilização em meados de outubro. “A tendência é de alta à medida que se aproxima de novembro, que historicamente é o mês de melhor preço para o suinocultor”, explica Lopes. A expectativa de um clima favorável para a safra de grãos deve contribuir para manter os custos de produção sob controle.

Referência: ABCS