Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,21 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,60 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,91 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,34 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 106,48 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 112,73 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 121,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 123,17 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 102,62 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 114,21 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 111,43 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 104,92 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 112,55 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 127,71 / cx

Internacional

Dinamarca mantém cerca de 70km para blindar indústria bilionária contra a Peste Suína

Veja como a Dinamarca está blindando sua indústria contra a Peste Suína com uma estrutura de 70km na fronteira com a Alemanha

Dinamarca mantém cerca de 70km para blindar indústria bilionária contra a Peste Suína

Em uma medida drástica de biosseguridade que transformou a paisagem da fronteira com a Alemanha, a Dinamarca consolidou uma barreira física de quase 70 quilômetros para proteger sua suinocultura. A obra, concluída no final de 2019 com um custo estimado em 11 milhões de euros, foi erguida com um objetivo claro: impedir a entrada de javalis, vetores da Peste Suína Africana (PSA), e blindar um setor exportador que movimenta bilhões de dólares anualmente.

A estrutura de 1,5 metro de altura (com trechos enterrados para evitar escavações pelos animais) simboliza o medo europeu de uma doença sem vacina comercial e com alto poder de destruição econômica. Para a Dinamarca, onde a carne suína é um pilar do comércio exterior, a detecção de um único caso em seu território poderia fechar mercados globais instantaneamente. A cerca, portanto, foi vendida politicamente não apenas como uma barreira sanitária, mas como uma apólice de seguro econômica, apesar de estar localizada dentro do livre trânsito do Espaço Schengen.

No entanto, a eficácia e o impacto da “cerca do javali” seguem gerando debates. Críticos e ambientalistas apontam para a fragmentação de habitats e a interrupção de rotas migratórias de outras espécies, questionando se o custo ecológico compensa o benefício sanitário. Especialistas da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) alertam que barreiras físicas sozinhas não resolvem o problema, visto que o vírus também se espalha por ação humana (transporte de produtos contaminados, restos de alimentos e calçados sujos), vetores que a cerca não consegue barrar.

Na prática, a Dinamarca integrou a estrutura a um “cinturão sanitário” mais amplo. A barreira física atua em conjunto com medidas de vigilância, caça intensiva de javalis, fiscalização de descarte de alimentos em rodovias e comunicação massiva. O caso dinamarquês tornou-se um estudo de caso na Europa sobre até onde um país está disposto a ir, alterando fisicamente seu território, para proteger o status sanitário de sua produção animal.