
A Gessulli Agrimídia esteve presente na comemoração dos 50 anos da Assuinoeste, realizada em Toledo (PR), e conversou com exclusividade com o presidente da entidade, Delmar Briccius. Durante a entrevista, o dirigente destacou os principais marcos da trajetória da associação, os desafios enfrentados ao longo das últimas décadas e as estratégias adotadas para fortalecer a suinocultura regional.

Segundo Briccius, a história da Assuinoeste é marcada por períodos de crescimento e reorganização. Nos anos 1990, a entidade chegou a reunir mais de mil associados, mas a mudança do sistema de produção — do ciclo completo para a integração — exigiu adaptações que impactaram o quadro associativo. “Nem sempre foi fácil acompanhar essas transformações, mas hoje estamos resgatando o associativismo e avançando com novos projetos”, afirmou.
Atualmente, a associação tem investido em parcerias que geram ganhos diretos aos produtores, especialmente por meio de condições diferenciadas na compra de insumos e adoção de tecnologias. Entre as iniciativas estão acordos voltados à melhoria da ambiência nas granjas, redução de gases, avanços em biosseguridade e bem-estar animal, além de benefícios indiretos ao bem-estar humano no ambiente de trabalho.
Ao avaliar o momento da suinocultura no Paraná, Briccius destacou um cenário de evolução gradual e demanda aquecida. “Há falta de animais em alguns períodos para atender os frigoríficos. O produtor independente vive um momento mais favorável, enquanto o integrado ainda passa por uma fase de transição, mas já com melhora nos preços e expectativa de maior renda”, explicou.
O balanço de 2025 também foi considerado positivo pelo presidente. De acordo com ele, o ano marcou a consolidação de projetos estruturados a partir da nova gestão. “2024 foi um período de aprendizado e planejamento. Em 2025, colocamos esses projetos em prática, e a expectativa é que 2026 seja o ano de colher os resultados”, ressaltou.
Outro destaque é o fortalecimento do associativismo, com a volta de suinocultores à entidade. “Quanto mais associados, mais força a Assuinoeste tem para representar o produtor e buscar melhorias para a atividade”, concluiu.











