Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,19 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,88 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,82 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,26 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,18 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 132,25 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.181,88 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.034,15 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 134,69 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 125,57 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Garantia de qualidade

Método desenvolvido na Unesp identifica com precisão componentes da ração fornecida a frangos de corte.

Processo pode ser usado por produtores do setor avícola

Redação AI 27/01/2004 – 06h40 – Em 1986 foram registrados, na Inglaterra, os primeiros focos da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o “Mal da Vaca Louca”, que já atingiu também o Japão e o Canadá. A doença, causada por um príon – proteína encontrada em várias células -, resulta na degeneração do sistema nervoso dos animais. A principal forma de contaminação é a alimentação composta por ração com subprodutos de origem animal infectada pela moléstia. Para proteger a população, a União Européia proibiu o uso de ração animal na alimentação de animais para o corte.

Para garantir que o produto brasileiro seja aceito internacionalmente, Alfredo Sampaio Carrijo desenvolveu em sua tese de doutorado em Zootecnia na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da UNESP, campus de Botucatu, juntamente com o professor Carlos Ducatti, um método para identificar a presença de componentes de origem animal na ração que serve de alimento a frangos de corte. “Essa técnica permite a certificação de origem e de qualidade da carne para consumo humano, já que garante que o frango está ingerindo uma ração estritamente de origem vegetal”, afirma Carrijo, médico veterinário e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Para serem analisadas, as aves foram alimentadas durante 42 dias com diferentes proporções de farinha de carne bovina na ração, e depois foram abatidas dentro dos padrões humanitários. O músculo do peito, cortado em pequenas fatias, foi colocado em estufa de ventilação forçada para secar por dois dias. Após a secagem, o tecido muscular foi moído em nitrogênio líquido a -196C , formando um pó fino que ao ser queimado produziu gases que foram analisados no Espectrômetro de Massas, para a mensuração dos isótopos estáveis do Carbono e Nitrogênio. “O processo permite que se afirme com 99% de certeza que o frango foi alimentado exclusivamente com ração de origem vegetal”, diz o médico veterinário.

O método pode ser utilizado por exportadores e importadores de carne de frango e por órgãos de fiscalização sanitária e de pesquisa. Os exames serão fornecidos pelo Centro de Isótopos Estáveis (CIE), do Instituto de Biociências (IB) da UNESP, campus de Botucatu, onde o pesquisador desenvolveu seu doutorado. “O custo ficará em torno de US$ 20 por análise”, afirma Carrijo.

Segundo o médico veterinário, a farinha de subprodutos de origem animal, desde que presente nas devidas proporções, não é prejudicial ao desenvolvimento do frango e a sua utilização é permitida no Brasil. “A maioria das indústrias avícolas utiliza até 8 a 9% de farinha de origem animal nas rações. Isso gera uma economia para o produtor, já que 1 kg de farinha de carne, que custa R$ 0,35, substitui 1 kg de farinha de soja, que custa R$ 0,80”, explica. “Ainda que o Brasil não tenha apresentado casos de ””Vaca Louca””, precisa provar que seu produto é saudável e de origem exclusivamente vegetal”, conclui Carrijo.