
A Seara, uma das maiores produtoras de alimentos do país e subsidiária integral da JBS, confirmou o aquecimento do mercado de dívida de longo prazo ao concluir uma emissão histórica de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). A operação levantou R$ 3 bilhões e estabeleceu um novo recorde de prazo para este tipo de título no Brasil.
O ponto focal da emissão reside no alongamento inédito do vencimento. A maior parcela, totalizando R$ 2 bilhões do valor total, foi emitida em uma série com prazo de até 40 anos. Essa longevidade supera os padrões habituais do mercado e só foi possível devido à sólida e expressiva demanda por parte dos investidores.
Foco nos investidores institucionais
O sucesso da série mais longa, de 40 anos, foi impulsionado primordialmente por fundos de pensão e tesourarias. Para esses players, que possuem passivos de longo prazo, os títulos da Seara oferecem um yield (retorno) atraente e a segurança de crédito de uma empresa ligada a um gigante global como a JBS, tornando-se um ativo estratégico para suas carteiras.
A conclusão da emissão com tal sucesso, especialmente em um prazo tão estendido, atesta o apetite do investidor brasileiro por títulos de dívida de longo prazo, desde que ofereçam remuneração e qualidade de crédito adequadas.
Impacto no mercado e no agronegócio
A operação da Seara não apenas financia suas atividades no agronegócio, mas também envia um sinal claro ao mercado de capitais: há liquidez e confiança para financiar projetos de infraestrutura e produção com horizontes temporais muito longos no Brasil. A concretização do CRA mais longo do mercado consolida o instrumento como uma ferramenta robusta para o capital de giro e o investimento em ativos fixos do setor.











